“Uma onda de demissões começa a assolar prefeituras pelo
interior do Estado. Relatório preliminar da Federação dos Trabalhadores no
Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) aponta que a situação
tem se repetido em pelo menos dez municípios. Em Itapipoca, cerca de 25
contratados do Programa de Saúde da Família foram exonerados de suas funções
até agora. Entre eles, estão médicos e enfermeiros, além de motoristas, que
conduzem funcionários da saúde para atuar na zona rural do município. Segundo
Ilza Lima, secretária-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais
(Sindsep), de Itapipoca, as demissões têm gerado clima de indefinição entre os
funcionários.
No município de Granja as demissões estão acontecendo
tanto na área da saúde quanto na educação, na saúde médicos, enfermeiros até
auxiliares de serviços foram demitidos.
Em Santa Quitéria, as áreas mais afetadas foram saúde e
educação. Haveria postos de saúde funcionando sem a presença de médicos, e
professores tiveram de deixar seus postos nas escolas. Nas contas da presidente
do Sindsep da cidade, Sônia Paiva, foram em torno de 200 funcionários liberados
desde o dia 8 de outubro em várias pastas da prefeitura. No momento, o Tribunal
de Contas dos Municípios estaria preparando relatório sobre a cidade.
Cerca de 100 servidores foram desligados de suas atribuições
na prefeitura de Pentecoste em apenas três dias, de acordo com o resumo da
Federação. Principalmente trabalhadores da Educação foram atingidos pelos
cortes. Alunos teriam ficado sem alguns de seus professores e coordenadores.
Demissões assustaram funcionários também na Região Metropolitana de Fortaleza.
Ainda de acordo com o relatório da Fetamce, cerca de 30% de contratados e
temporários de todas as secretarias de Caucaia estariam sendo retirados de seus
lugares na cidade. Conforme ofício encaminhado à Procuradoria dos Crimes Contra
Administração Pública (Procap), do MPE, a presidente do Sindsep de Quixadá,
Neiva Silveira, escreve que contratos firmados em agosto de 2012, já em período
eleitoral, quando a lei veda a prática, estão sendo demitidos. A vigência do
contrato deveria ser até dezembro.
O prefeito de Pentecoste, João Bosco (PRB), afirma que “a
medida drástica” de ter que demitir funcionários, entre eles professores e
coordenadores de escolas, se deve aos repasses do Fundo de Participação dos
Municípios (FPM) que ele diz considerar insuficientes. “Ou eu faço isso agora
ou eu deixo de pagar funcionários. Estamos passando um sufoco”, afirma. Uma
funcionária do prefeito de Itapipoca, João Barroso (PSDB), disse que ele só
retornaria na sexta-feira de viagem. O telefone da casa do prefeito de Santa
Quitéria, Chagas Mesquita (PSDB), esteve ocupado nas várias tentativas feitas
ontem. Os dois telefones do prefeito Rômulo Carneiro (PT), de Quixadá,
permaneceram desligados à noite. O prefeito de Caucaia, Washington Góis (PRB),
não respondeu às várias ligações feitas.”
Via O POVO com modificações na postagem
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