A nova distribuição socioeconômica do país, com mais pessoas
tendo acesso a bens de consumo, fez com que a classe C, ou classe média,
passasse a ser maioria no uso de redes sociais na internet. A constatação foi
feita por pesquisa do Instituto Data Popular (IDP), que será apresentada no
Fórum Novo Brasil, nesta segunda-feira (12) e na terça-feira (13), em São
Paulo. Um dos convidados é o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
De acordo com a pesquisa, que ouviu 1,8 mil pessoas nas ruas
de 57 cidades e 20 mil pela internet, 48% dos 75 milhões de internautas
brasileiros são da classe média – assim considerada a família com renda mensal
entre R$ 1.540 e R$ 2.313. A pesquisa informa que 44% estão nas faixas A e B,
que compõem a classe alta, e 8% são dos estratos sociais D e E, de mais baixo
poder aquisitivo.
Os internautas da classe C são responsáveis por 56% de
acessos no Facebook e 55% no Twitter, contra 24% da A/B nos dois casos. Quadro
totalmente diferente de pesquisa semelhante feita em 2009, que apontava
absoluto domínio da classe alta nas duas redes, de acordo com o diretor do IDP,
Renato Meirelles.
Virada perfeitamente normal, segundo ele, considerando-se
que em torno de 30 milhões de pessoas foram incorporadas ao mercado de consumo
nos últimos dez anos, nas contas do governo. Fato que alargou a base da classe
média, estimada em 101,1 milhões de brasileiros, equivalentes a 53% dos 190,7
milhões de brasileiros registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) em 2010. A baixa renda reúne 51,5 milhões (27%) e 38,1
milhões (20%) estão na classe alta.
(Agência Brasil)
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