Da
Coluna Política, no O POVO desta quarta-feira (24), pelo jornalista Érico
Firmo:
Pesquisas eleitorais como
conhecemos hoje, com grau razoável de precisão e consistentes
metodologicamente, são fenômeno que o Brasil conheceu com a redemocratização, a
partir de meados dos anos 1980. Desde então, nenhuma eleição para governador do
Ceará chegou tão acirrada tão perto da votação. Nas oito últimas eleições, de
Gonzaga Mota para cá, sempre no mês anterior ao primeiro turno já se
vislumbrava o franco favoritismo de quem acabaria eleito.
Mesmo Tasso Jereissati, em
1986, que largou bem atrás, já tinha 53% um mês antes da eleição, contra 28% de
Adauto Bezerra, segundo o Ibope. Em 2002, Lúcio Alcântara teve de passar por um
imprevisto segundo turno, mas sempre liderou com bastante folga um primeiro
turno em que os adversários ficaram bastante pulverizados. Com o segundo turno,
deu-se o inesperado acirramento.
Ou seja, o atual momento
político do Ceará é diferente. Afora o segundo turno de 2002, com todas as suas
particularidades, só guarda paralelo com algumas das disputadíssimas eleições
do período entre as ditaduras de Getúlio Vargas e a militar. O eleitor, então,
está pouco habituado a esse nível de competitividade no nível estadual. Muito
menos os líderes políticos locais.
Prefeitos e parlamentares, como
regra, dependem do apoio do governador, seja ele qual for. Assim, tratam de
rapidamente debandar em direção à expectativa de poder. Quando Eunício Oliveira
(PMDB) liderava, muitos aderiram. Diante do avanço de Camilo Santana (PT),
vários fizeram o rumo inverso. Sem uma tendência clara neste momento, há gente
entre um pé e outro, sem saber que rumo tomar.
Imagens / Blog Wilson Gomes e Facebook
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