O candidato ao Governo do Ceará
pela Coligação “Ceará de Todos”, Eunício Oliveira (PMDB), em visita ao
município de Granja na manhã dessa quinta-feira (18), defendeu que um dos
setores mais ineficientes do atual Governo e uma das áreas para a qual a
população mais exige melhorias é a segurança pública.
Ao lado de Roberto Pessoa, seu
candidato a vice, e Tasso Jereissati, candidato a senador, o peemedebista disse
que o fechamento das divisas do Estado será uma das principais medidas de sua
gestão para combater o tráfico de drogas.
Em entrevista à imprensa,
Eunício afirmou que 90% dos municípios cearenses já apresentam venda e consumo
de entorpecentes, motivos importantes para o Ceará ter os elevados índices de
criminalidade de hoje em dia. Somente em 2013, mais de 4.300 assassinatos foram
registrados no Estado. Neste ano, de janeiro a julho, já foram 2.966
ocorrências.
O Ceará faz divisa com os
estados do Piauí, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. “As divisas devem
ser fechadas para os traficantes. O Ceará não produz droga. Ela vem de fora.
Nós vamos fechar as fronteiras pra evitar isso. Temos que ter um programa de
combate veemente aos traficantes e, simultaneamente, tratar dos dependentes
químicos”, declarou.
GOVERNO ATUAL
Eunício Oliveira argumenta que
o fechamento das divisas cearenses com força policial qualificada é
reivindicação antiga da sociedade civil, de estudiosos da violência urbana e de
deputados estaduais (inclusive de componentes da base do atual governador).
Contudo, nunca foi implementado. Projetos chegaram a ser apresentados na
Assembleia Legislativa com este teor, mas foram completamente ignorados pelo
Palácio da Abolição.
A máxima feita pela Secretaria
Estadual da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) foi a criação de um
batalhão para atuar no Interior. Mas o pequeno efetivo do Comando Tático Rural
(Cotar) e problemas estruturais impediram a eficácia da estratégia. “Podiam ter
feito parcerias com os outros estados para fecharem as divisas. Mas não
fizeram. A arrogância, a falta de diálogo e a má gestão marcam a segurança
pública do Ceará. Fazem as coisas sem planejamento, sem ouvirem ninguém”,
acrescentou o peemedebista.
QUALIFICAR O RONDA
Além de fechar as fronteiras, o
candidato reforçou a proposta de dobrar o efetivo do RAIO e levar a corporação
para combater a violência no Interior. Eunício também prometeu aperfeiçoar o
programa Ronda do Quarteirão, criado pelo atual Governo em 2008 e, segundo
ele, completamente desvirtuado da sua
função original de fazer policiamento comunitário, próximo do povo. “Onde o
Ronda estiver instalado, nós vamos ampliar. Nós vamos qualificar e unir as
polícias, que hoje trabalham isoladamente. A atual política de segurança do
Ceará é dramática”, classificou.
Eunício comprometeu-se com a
contratação de mais policiais e com a aquisição de equipamentos mais modernos
para as investigações, hoje ineficientes, apresentarem índices melhores de
elucidação de crimes. Atualmente, menos de 10% dos assassinatos cometidos no
Estado têm autoria desvendada pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa
(DHPP).
Ao lado de Roberto Pessoa e
Tasso, Eunício participou de motocarreata e caminhada pelo centro de Granja.
Com Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) entre os cinco menores do estado, Granja tem localidades que
sequer contam com água encanada. Os carros-pipa também não abastecem a todos.
Muita gente acaba comprando carradas de mil litros d’água a R$ 20.
De Granja, os candidatos
seguiram para Camocim, outro município da Região Norte, onde concederam
entrevista à rádio Pinto Martins (98,7 FM).
Fonte: assessoria da coligação
“Ceará de Todos”.
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