Em
artigo no O POVO deste sábado (14), a Doutora em Sociologia Fátima Vilanova comenta
que ajuste fiscal gera aumento da inflação, do desemprego e queda na
arrecadação. Confira:
O governo federal, contrariando
o que defendeu no primeiro mandato, de desconcentrar a riqueza para poder
crescer, defende ajuste fiscal que concentra riqueza, eleva inflação, reduz o
crescimento e a arrecadação. As medidas anunciadas mais desarrumam a economia
do que arrumam. Dilma quer economizar para pagar a dívida pública, mas trabalha
para aumentá-la toda vez que o governo eleva a taxa selic. Enquanto os EUA
levam dez anos para mexer nos juros, sempre próximo de 1%, o Brasil, todos os
meses mexe na taxa, justificando o controle da inflação. Mas o que acontece é
justamente o aumento da inflação, porque o aumento de juros é repassado aos
preços, pelo setor produtivo, que por sua vez, perde competitividade, vende
menos, demite, num círculo perverso, na contramão do que o governo espera com o
“ajuste”, que é mais crescimento.
A fórmula adotada é totalmente
equivocada, também quando anunciam aumento de impostos, de combustíveis, de
energia. O resultado já revela o aumento da inflação, do desemprego, e queda na
arrecadação. As fontes de desperdício do dinheiro público continuam intocadas.
Os gastos do Executivo, Legislativo e Judiciário necessitam de revisão,
reduzindo-se/eliminando-se cargos comissionados, cartões corporativos, verbas
de publicidade, verbas de gabinete, emendas parlamentares, ministérios. O
funcionamento do setor financeiro do País, que cobra os juros mais altos do
planeta, tem que ser revisto, com urgência.
O desajuste é o que teremos se
não atacarmos estes e a corrupção, que são os verdadeiros ralos do dinheiro
público do Brasil. Cortar os investimentos do PAC é outro erro, que não se pode
admitir. Torço para que o governo acorde enquanto é tempo, para não sucumbirmos
no abismo da recessão, pondo a perder tudo que já foi conquistado.
Fonte blog do Eliomar
Nenhum comentário:
Postar um comentário