Oras, quando falamos em poder o
que nos vem na mente é o direito de liberar, agir e mandar. Portanto, a
faculdade de exercer a autoridade, a soberania ou de um governo depende do
contexto, de cada circunstância.
Sem sermos hipócritas, e a bem da verdade,
todo político almeja atingir o mais alto nível do seu status e – porque não
dizer? –, mesmo, ao topo de uma organização ou mesmo do executivo municipal,
estadual ou federal de um país. Afinal, sonhar não é pecado! Para atingir esse
patamar se requer traçar metas e criar estratégias para tal.
Desse modo, para atingir tais metas, uns
recorrem a meios diretos, outros recorrem a meios indiretos como, por exemplo,
violência de toda espécie, em uma luta nua e cruel, guiados pela razão única e
exclusivamente de oportunismo para atingir o poder; assim as regras
democráticas, de boas maneiras, as fundamentações éticas e as normas de conduta
são totalmente esquecidas ou simplesmente desprezadas.
Maquiavel disse: “Os homens, quando não são
forçados a lutar por necessidade, lutam por ambição.”
Infelizmente, essa realidade não foge do que
se vive nos municípios, estados e governo federal; tal cenário vai se alastrando
na nossa sociedade, onde os que se acham mais lúcidos descobriram a política
como o meio mais fácil para atingir os seus fins inconfessos e subjugar os
demais. Deixando de ser modismo, hoje, passou a ser moda nestes últimos tempos,
onde observamos indivíduos ávidos de atingir o poder para se servir e
satisfazer os seus caprichos, indivíduos que recorrem a todos os meios,
acompanhados pela difamação e ambições pessoais. Para ser modesto, os
detentores do poder deveriam usar o poder para servir o povo e não para se
servir, e nem satisfazer apenas os seus caprichos e nem ser servido pelo povo.
Entretanto, observando o comportamento dos
detentores do poder, e até mesmo a sociedade civil, nota-se a carência dos
valores morais, cívicos e até patrióticos, tudo pela ganância do poder e
preocupados apenas em se apossar dos escassos recursos que serviriam para tirar
governo do marasmo em que se encontra. Hoje, como se sabe, através do fenômeno
da globalização, o mundo está cada vez mais próximo e, pela realidade que
vivemos, ao descrever a identidade do povo - sem medo de errar – pode-se dizer
que é um povo hipócrita, preguiçoso, arrogante, materialista, ganancioso…
Há alguns anos atrás, esse mesmo povo era
caracterizado como um povo trabalhador, honesto, humilde, feliz, gente de fé e
coragem. Passava necessidade, mas nunca desistia dos seus objetivos: cidadãos orgulhosos,
do nosso país, que encontravam forças para fazer dos contratempos uma ocasião
para rir, alegrar-se. Éramos, resumindo, um povo simples e com uma elite muito
reduzida, mas de coração nobre.
Hoje se vive uma realidade sui generis, quer
em nível das organizações políticas tradicionais como as mais emergentes; hoje,
na realidade, essas organizações vivem grandes problemas de liderança, onde
indivíduos oportunistas almejam o poder a todo custo, querendo somente ocupar
cargos, como já dito. E, o mais agravante: alguns desses indivíduos estão
ocupando as referidas posições nessas organizações há tanto tempo e nada fazem
para progresso das mesmas, nem tampouco para o País. Assim, vão desgastando as
suas imagens no poder. Por esse motivo, assistimos, no nosso legislativo, quase
numa manta de retalhos; outros podem ser considerados como se fossem um grupo
de aproveitadores, caracterizados pela falta de pudor. Os oportunistas fazem de
tudo, tal como diz o ditado: “na terra dos cegos, quem tem um olho é rei”.
Hoje, o campo de batalha, da luta pelo poder, é o meio partidário onde as famílias tradicionais continuam querendo permanecer ou voltar a reinar, e os
mais fracos, jovens Idealistas, menos favorecidos, não conseguem ter qualquer
espaço e nem protagonismo para atingir o poder – e aqueles (poucos) que
conseguiram nem sempre terminaram o seu mandato no tempo previsto.
Todos entendem que as forças políticas têm
extrema importância na organização e manutenção da ordem e estabilidade nas
sociedades; e, também como se sabe, são as mesmas que criam instabilidade num
país, segundo a ideologia de alguns políticos, pois é mais fácil a corrupção
numa sociedade desorganizada do que em uma sociedade organizada.
O cidadão tem um traço cultural intrigante
com as leis: em nosso país, tudo que é ilegal é tolerado e vira legal. A
maioria têm dificuldade para cumprir as regras, escritas na forma de leis, e as
burlam com muita criatividade. Não podemos nos limitar em criar leis, algo que
fazemos em profusão, mas temos de aprender a cumpri-las e, sobretudo, a punir
quem não as cumpre. Na nossa sociedade, os ditos homens de elites (e companhia)
cometem atos ilícitos e ficam impunes.
Nesta ordem de idéias, para o bom
funcionamento das leis, por que não aplicamos os ensinamentos bíblicos que diz,
“Daí pois a César o que é de Cesar e a Deus, o que é de Deus’’? Para que isso aconteça, há a necessidade de
uma intervenção do chefe de governo de forma a restabelecer a ordem para o
progresso da nação, estado ou município.
A luta pelo poder é uma questão natural, tal
como a ciência política explica, mas também pelo que se vê por aqui já não é
assim, uma vez que os políticos preferem se servir e não servir o povo; onde a
ganância, a corrupção, a fofoca e a mentira tomaram conta dos nossos dirigentes
e legisladores. Mas, parece não haver aí novidade e, então, pelo comportamento
dos nossos políticos, será que um dia a juventude não poderá vir rejeitar os
nossos dirigentes e po-los de parte, e o munícipio, estado e país tomar um novo
rumo?
Fonte: blogvarzeapaulista-adaptação
Lucianno Silva
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