Duas semanas depois de reduzir
os preços da gasolina e do diesel nas suas refinarias, a Petrobras comunicou às
distribuidoras de gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha) uma nova
política de preços do combustível, informa a Folha.
A medida representará repasse
de até 4% para as distribuidoras. O aumento depende da região e do tipo de
contrato com a distribuidora. O aumento resulta de mudanças nos contratos de
venda de GLP da Petrobras para as distribuidoras, que passam a incluir taxas
pelo uso da infraestrutura da estatal.
Empresas que usam tanques de
armazenagem da Petrobras para estocar o produto pagarão mais caro agora. Os
novos preços entram em vigor hoje 1º.
"O novo aumento foi feito
de forma irresponsável, pois não há uma nota sequer com as devidas
explicações", disse o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores
de GLP, Alexandre Borajili.
A Petrobras afirmou que os
novos contratos "refletirão mudanças na composição de preços de
logística" do combustível e negou que a nova política seja um reajuste de
preços. Segundo suas estimativas, o repasse não ultrapassará R$ 0,20 por
botijão de 13 quilos, na média nacional.
A Petrobras pratica dois preços
diferentes para o produto: um para a venda em botijões de 13 quilos, mais
sensível pelo grande impacto no custo de vida das famílias, e outro para a
venda em botijões maiores ou a granel, mais caros, usados por condomínios,
comércio e indústria.
A última vez que a Petrobras
reajustou o preço do GLP foi em dezembro de 2015, quando aumentou o preço para
venda em grandes botijões ou a granel entre 2,5% e 5%.
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