No período de inverno, é comum surgirem animais peçonhentos em áreas residenciais que ficam localizadas perto de terrenos baldios . Dados do Núcleo Estadual de Controle de Zoonoses apontam que, de janeiro a maio, o número de ataques envolvendo escorpiões, cobras, aranhas e outros aumentam.
Sempre com o início do período
das chuvas, é comum aumentar o número de ocorrências de acidentes envolvendo
animais peçonhentos. Com o excesso de água, o abrigo natural desses animais
acaba sendo invadido, obrigando-os a procurar outros locais.
Umidade e calor, esses são os
maiores atrativos para um inseto que pode causar muitos problemas: o escorpião.
Então, para evitar ataques, algumas dicas podem fazer a diferença.
Na Capital, o centro de
assistência toxicológica, que funciona no Instituto Doutor José Frota, atende
em torno de 2.500 casos por ano. A espécie que mais ocorre no Ceará é aquela de
cor alaranjada que mede entre 3 e 5 centímetros.
A farmacêutica do Ceatox, Rosa
Freitas, lembra quem são as pessoas mais suscetíveis a ataques de escorpiões.
“A picada é bastante dolorido e o grupo de risco são os menores de 6 anos e os
idosos por conta da idade, que não tem muita defesa”, alerta.
A prevenção continua sendo os
cuidados mais básicos, como manter a higiene do local, evitando, ao máximo, o
acúmulo de lixo, folhagens densas ou entulhos. No geral, os animais peçonhentos
costumam migrar para as áreas por conta do ciclo predatório. Baratas atraem
escorpiões, que atraem roedores, que atraem serpentes. No caso da zona rural,
onde esses animais são comuns, o indicado é que a pessoa utilize equipamentos
de proteção individual, como luvas de couro, calça comprida, camisa de manga,
botas de cano longo, justamente para minimizar um ataque.
No caso de ataque, busque ajuda
imediatamente de um profissional de saúde. No caso de pessoa que presenciou um
ataque, para auxiliar, ela deve manter a vítima tranquilizada, impedindo que
essa pessoa fique agitada demais, evitando os movimentos desnecessários, e
procurar o serviço de saúde mais próximo. O Ministério da Saúde preconiza que,
se possível, o acidentado abata o animal e leve-o até o serviço de saúde,
facilitando que o especialista veja o medicamento mais indicado a ele.
É terminantemente proibido que
a pessoa amarre a área em volta da região da lesão, pois isso pode causar uma
necrose, sugar o sangue da área afetada e evitar fazer o corte do local,
justamente porque alguns venenos possuem características hemorrágicas que podem
ser potencializadas.
Normalmente, esses insetos
buscam as residências na procura por alimento, e as baratas estão em
primeiro lugar na cadeia alimentar deles. “Eles ficam em ambientes úmidos,
quentes, são um tipo de espécie que vive até 6 meses sem água, sem alimento e
se alojam em banheiros, roupas, panos de prato”, esclarece.
Por isso toda a atenção é
bem-vinda. Rosa Freitas dá algumas dicas para evitar uma picada do inseto. “As
pessoas tem que manter a casa limpa, verificar entre os móveis se tem
escorpiões, porque não tem venenos contra eles”, finaliza.
Em caso de ataque de escorpião,
é importante manter a calma, aplicar uma compressa fria e imediatamente
procurar uma Unidade de Saúde. O risco de letalidade da espécie predominante no
Ceará é baixo.
O Ceatox disponibiliza o soro
anti escorpiônico. A unidade funciona no Instituto José Frota e atende 24
horas. As pessoas podem saber mais informações do atendimento no telefone:
3255-5050.
Com Tribuna do Ceará
Nenhum comentário:
Postar um comentário