Por Luciano Silva
Não
adianta “CHORORÔ”, não foi falta de aviso.
Se hoje muitos
municípios estão com dificuldades em fechar suas contas principalmente com a
chegada do final do ano, quando precisam pagar o 13° aos servidores municipais,
além de outras obrigações, a culpa é da falta de planejamento, provocada pela
falta de competência. O alto custo de contratação e
manutenção de funcionários, altos salários e comissões oneraram a folha de
muitos municípios, esta é a dura realidade.
De
janeiro até setembro, o Fundo dos Municípios apresentou crescimento de 11,31%
na comparação com o ano anterior, sem considerar os efeitos da inflação.
Durante os nove meses deste ano, o Fundo só foi inferior a 2016 em maio, e essa
redução foi de apenas -1,98%. Mesmo quando se considera os impactos da
inflação, o Fundo acumulado de 2017 estava 7,29% maior.
Acompanhe alguns dados abaixo:
JANEIRO
A
Confederação Nacional de Municípios (CNM) apontou um aumento de 8,16% no FPM do
terceiro decêndio de janeiro, no comparativo com mesmo período do ano anterior.
FEVEREIRO
O segundo decêndio
de fevereiro de 2017, comparado ao mesmo período de 2016, teve um crescimento
bastante expressivo: de 8,59% em termos nominais, ou seja,
comparando os valores sem considerar os efeitos da inflação.
ABRIL
O primeiro decêndio
de abril de 2017, quando comparado com o mesmo período de 2016, teve um
crescimento de 7,80% em termos nominais. No segundo decêndio
do mês de abril de 2017, Comparado ao mesmo período de 2016, teve um
crescimento de 18,8%, em termos nominais. Quando se considera
os efeitos da inflação, o aumento foi de 14,30%.
A CNM apontou que
já estavam incluídos os percentuais relativos ao Imposto de Renda (IR)
e à multa arrecadados por meio da Lei de Repatriação.
No entanto, a
entidade alertou que, apesar do aporte de recursos referentes à repatriação, os
gestores municipais deveriam ter prudência. Em meio às incertezas
quanto ao atual cenário de crise e à recuperação da atividade econômica
nacional, era fundamental que as administrações locais planejasse seus
orçamentos a fim de cumprirem as obrigações financeiras em dia.
MAIO
Estimativas da
Confederação Nacional de Municípios (CNM) apontaram que, comparado ao mesmo
período de 2016, o valor teve um crescimento de 26,3%. O aumento não considera
os efeitos da inflação.
A Confederação
destacou que, como o prazo para a repatriação de recursos era até o
mês de julho, a maior parte dos recursos arrecadados seriam repassados
aos Municípios no mês de agosto.
Apesar do aumento,
a entidade reiterou a necessidade de os gestores terem cautela em
relação aos valores repassados. Para a entidade, é essencial que os prefeitos
planejem seus orçamentos a fim de cumprirem as obrigações financeiras em dia.
JULHO
No mês de julho, o
FPM apresentou uma forte QUEDA, devido à sazonalidade da
arrecadação ao longo do ano, que ocorre em função dos níveis de atividade
econômica típicos de cada período. E, com o objetivo de auxiliar os gestores no
planejamento orçamentário, a CNM realizou as estimativas dos valores que estão
repassados em 2017 para os Municípios. Para tanto, utiliza-se como método para
as projeções o peso da arrecadação nos dois anos anteriores, para poder
encontrar a sazonalidade média da arrecadação ao longo do ano.
ALERTA
A CNM ressaltou, no
entanto, que esses valores são previsões para nortear os gestores em seu
planejamento e incorrem em uma margem de erro amostral. Isso porque as
estimativas podem variar de acordo com a evolução da atividade econômica
futura, onde se dará a arrecadação dos impostos que compõem o FPM. Além disso,
com a nova rodada da REPATRIAÇÃO deste ano,MAIS RECEITAS entraram
nos repasses decendiais do FPM ao longo do período de vigência da lei, até
31 de julho de 2017.
AGOSTO
Destaca-se que,
comparando-se ao mesmo período de 2016, houve um aumento de 49,75%,
sem considerar a inflação.
SETEMBRO
A CNM alertou os
gestores para ficarem atentos às previsões nominais da Secretária do Tesouro
Nacional (STN). Ela estimou QUEDA de 16% do FPM para o mês
de setembro em relação ao mês de agosto deste
ano. Essas previsões são nominais e, por isso, não consideram os efeitos da
inflação. Contudo, como a sazonalidade do FPM no segundo semestre é inferior em
relação aos resultados obtidos no primeiro semestre, a Confederação
reiterou que os prefeitos precisam ter cautela e boa gestão com os recursos
municipais.
De acordo com
cálculo da Confederação Nacional de Municípios (CNM), o segundo decêndio do FPM
do mês de setembro foi de 16,15% MENOR que o montante
repassado no mesmo período do ano passado. Isso, sem considerar os efeitos da
inflação, em termos nominais. Quando se considera as consequências da inflação,
o valor real, apresentou retração ainda maior – de 18,09% em relação mesmo
decêndio de 2016.
"JÁ ERA" PREVISTO
As
eleições de 2016 garantiram a renovação de 75% dos gestores locais brasileiros.
Foi justamente para mostrar a gravidade da crise nacional e o impacto dela nas
administrações municipais, que o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, reuniu aos
prefeitos em Brasília antes do início do mandato, no Seminário Novos Gestores.
Na oportunidade, foi taxado por muitos como pessimista, mas a triste realidade
apresentada por ele na ocasião tem sido constatada agora.
Na época, Ziulkoski
fez questão de mostrar os desafios que os prefeitos enfrentariam durante o
mandato de 2017 a 2020. Dentre eles: subfinanciamento dos programas federais,
dívidas previdenciárias e retenções no Fundo de Participação dos Municípios
(FPM). Mais recentemente, soma-se a esses problemas, os elevados valores dos
precatórios que devem ser pagos pelos Municípios.
Com
informações: CNM
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