Representantes do PR, do PSD e
do Solidariedade, com a aquiescência do tucano Luiz Pontes, decidiram,
quinta-feira, no apartamento da deputada estadual Fernanda Pessoa (PR), após
uma longa discussão sobre a sucessão estadual cearense e a análise das últimas
pesquisas relacionadas ao quadro político do Estado, se fixarem nos nomes, pela
ordem de preferência, do senador Tasso Jereissati (PSDB), Capitão Wagner (PR) e
do conselheiro Domingos Filho (ainda sem partido), para deles sair o candidato
a governador em 2018 e um dos postulantes ao Senado. Dos três, só Tasso não participou
do encontro.
O senador tucano está chegando
ao Ceará neste fim de semana, após uma rápida temporada nos Estados Unidos,
cuidando de assuntos de seu interesse particular. Ele tem reafirmado não
pretender disputar mandato no próximo ano (ele é senador até 2022), mas
continua sendo o nome preferido das oposições para enfrentar o governador
Camilo Santana (PT) disputando a reeleição. A prioridade de Tasso Jereissati,
até o próximo mês, será a disputa pela presidência nacional do PSDB. As
questões relacionadas ao PSDB e às oposições no Ceará ficarão para o próximo
ano, embora os demais representantes das siglas adversárias do Governo tenham
pressa em definir o seu candidato.
Condicionantes
O Capitão Wagner admite
disputar o Governo do Estado. Faz ponderações e algumas condicionantes, dentre
elas, segundo um dos participantes do jantar, oferecido pela deputada Fernanda
Pessoa, estar livre na coligação que bancar sua candidatura ao Executivo
estadual, para escolher o seu próprio candidato à Presidência da República, que
ele não especificou quem. Pelas últimas pesquisas em poder dos oposicionistas,
Wagner estaria muito bem situado, tanto para postular o Governo do Estado
quanto para uma das duas vagas de senador, ficando aquém apenas do senador
Tasso.
Domingos Filho, a terceira
opção para o Governo e nome também apontado para o Senado, está disposto a
entrar na luta por um mandato no próximo ano. Sem mais razões para
questionamentos sobre a extinção do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM),
posto considerado estar o fato consumado, Domingos dá os primeiros passos para
ter o exercício pleno da cidadania, no caso ser votado. Ele requer nos próximos
dias o restabelecimento de sua condição plena de advogado, reabilitando-se na
secção cearense da Ordem dos Advogados do Brasil, para cuidar da aposentadoria
e filiar-se ao PSD, o partido dominado pela sua família neste Estado.
Fim das esperanças
A ida do senador Eunício
Oliveira ao Palácio da Abolição, ontem, para um evento com características
eminentemente políticas, ao lado do governador Camilo Santana, do presidente da
Assembleia, Zezinho Albuquerque, do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, e
de outros governistas, foi o fim de toda e qualquer esperança dos
oposicionistas cearenses de que ainda poderia haver uma chance do senador
continuar sendo oposição a Camilo e com ele concorrer novamente ao Governo do
Estado, ou ajudá-los a formar uma chapa competitiva contra os governistas. O
encontro de Eunício com a cúpula palaciana foi bem mais aberto do que os já
ocorridos.
Com DN/Política – Edison Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário