O segundo repasse do Fundo de
Participação Municípios (FPM) de junho deste ano será 23,01% menor, em termos
nominais, que o valor transferido em 2017. Levantamento da Confederação
Nacional de Municípios (CNM) calcula que o montante a ser partilhado entre as
5.568 prefeituras, nesta quarta-feira, 20, será de pouco mais de R$ 1,4 bilhão.
Isso, considerando a retenção constitucional destinada ao Fundo Nacional da
Educação Básica (Fundeb).
Em valores brutos, incluindo o
porcentual do Fundeb, o segundo FPM do mês chega a R$ 1,7 bilhão. Com base no
dados da Secretária do Tesouro Nacional (STN), a CNM aponta a redução nominal,
sem considerar os efeitos da inflação, em relação ao mesmo repasse ocorrido no
ano passado. O valor deflacionado eleva a retração para 25,32%, em comparação
com os R$ 2,2 bilhões repassados na mesma época do ano anterior.
Mesmo com o resultado negativo,
a Confederação ressalta estimativa da STN de crescimento de 2,1% no FPM para
este mês. A previsão otimista pode ser justificada pelo acumulado de repasses,
do início do ano até agora, que apresentou crescimento de 9,05% em termos
nominais, e somou R$ 48,4 bilhões. Em 2017, de janeiro ao segundo repasse de
junho, os Municípios haviam partilhado pouco mais de R$ 44,4 bilhões. Ao
considerar os efeitos inflacionários, a CNM indica crescimento de 6,04%.
Quando soma os três decêndios
repassados, todos os meses foram de mais recursos que os repasses de 2017. De
acordo com o levantamento da CNM, os meses que registraram crescimento mais
baixos foram abril e janeiro, com aumento nominal de 2,83% e de 6,05%,
respectivamente. Apesar de reconhecer os resultados positivos do Fundo este
ano, a CNM reforça a importância de os gestores locais terem um planejamento
estratégico para não haver surpresas negativas no segundo semestre, que tende a
ter redução de repasses.
Em entrevista ao Boletim CNM, o
presidente da entidade, Glademir Aroldi, faz referência aos recursos repassados
aos Municípios e às necessidades locais, que sempre aumentam. “Sempre novas necessidades”, disse. Diante desse
entendimento e da situação de crise enfrentada pelo governos locais, a Confederação
ressalta que os resultados positivos do Fundo não solucionam os problemas das
gestões municipais, ou pelo menos não da maioria delas.
Fonte: CNM
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