Com a
vitória de Jair Bolsonaro à Presidência do país, o mercado local amplia a
desmontagem de posições cambiais, que enfraquece mais o dólar e influencia na
queda das taxas de juros assim como dá impulso ao Ibovespa futuro e aos ativos
brasileiros no exterior. Logo após a abertura do pregão na manhã desta
segunda-feira (29/10) o Ibovespa futuro subia mais de 3,5%.
No
câmbio, por volta das 9h15, o ajuste de baixa já perdia força e a moeda
americana renovou máximas acima dos R$ 3,610, ante mínimas no patamar de R$
3,58. Já na renda fixa, as taxas mais longas exibiram recuo perto de 30
pontos-base, com o contrato de janeiro de 2025 perdendo 28 pontos-base nos
primeiros negócios. O movimento ocorre em meio ao recuo do dólar ante outras
moedas emergentes e ligadas a commodities num dia de bom humor no exterior.
Segundo
operadores, os negócios são influenciados também por interesses técnicos
ligados à rolagem de contratos cambiais de fim de mês, a sinalização do presidente
eleito de que o economista Paulo Guedes, que será ministro da Economia, poderá
não ter a autonomia esperada para formar a sua equipe e a indicação de que o
Banco Central passará a adotar meta para a taxa de câmbio, além de meta de
inflação.
No radar
semanal estão ainda a decisão do Copom para a Selic na quarta-feira e o
relatório do mercado de trabalho nos Estados Unidos na sexta-feira, dia de
feriado de Finados no Brasil.
Na
manhã desta segunda, o deputado federal e futuro ministro chefe da Casa Civil,
Onyx Lorenzoni, afirmou em entrevista a rádios que entre quarta (30) e
quinta-feira (31) desta semana a equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro vai
anunciar “alguns nomes técnicos” para o governo de transição.
Disse
que na semana passada, conversou com o ministro Eliseu Padilha para obter as
primeira informações. “Amanhã terei reunião com Bolsonaro e [o economista
Paulo] Guedes e, na quarta-feira, com general Augusto Heleno [que deve assumir
o Ministério da Defesa]”, disse o deputado federal.
Tanto
na entrevista à Rádio CBN quanto à Rádio Eldorado, Onyx disse que o governo
Bolsonaro vai acabar com o “toma lá dá cá” e com o loteamento de cargos e
estatais por razões políticas e de coalizão e que o governo terá maioria no
Congresso.
*Metropoles.
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