Anuncio do programa cidades inovadoras (Foto: divulgação) |
Municípios
que queiram investir em inovação terão R$ 1 bilhão em financiamento para
projetos de saneamento e recursos hídricos, mobilidade urbana, eficiência
energética e energias renováveis. Os recursos fazem parte do Programa Cidades
Inovadoras, lançado na quinta-feira, 27 de setembro, pelo presidente Michel
Temer.
De
acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
(MCTIC), o objetivo é incentivar Municípios a promoverem o desenvolvimento
sustentável das regiões brasileiras. Entre as ações que serão financiadas estão
projetos de aproveitamento de água da chuva, sistemas de transporte e redução
de emissões de gases, sistemas de energias fotovoltaica, eólica e de biomassa.
Os recursos
serão liberados em dois anos. E o prazo para pagamento será de 8 a 10 anos.
Segundo a Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), empresa pública
brasileira de fomento à ciência, tecnologia e inovação vinculada ao MCTIC, a
taxa de juros será de CDI + 4,0% a.a. (remuneração Finep) e a remuneração do
agente será negociada entre a instituição e o cliente. O prazo de carência será
de até 24 meses e o prazo de amortização, de até 96 meses. A Finep terá
participação de até 100% do valor do Plano Estratégico de Inovação (PEI).
O
presidente da Financiadora, Ronaldo Camargo, disse que as cidades devem
apresentar os projetos com algum fator de inovação. De acordo com o Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o programa vai focar em
bancos de desenvolvimento, agências de fomento e outras instituições
financeiras, que devem repassar os recursos para prefeituras, governos
estaduais, empresas de economia mista ou instituições privadas concessionárias
de serviço público.
A
Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca que a medida deve beneficiar
os Entes que carecem de recursos e apoios técnicos nestes setores. A entidade
lembra a batalha para que a União conceda este incentivo financeiro aos
gestores locais. O presidente da CNM, Glademir Aroldi, reforça: “os governos
locais enfrentam diversos desafios para erradicar os lixões e o principal deles
é a falta de recursos. São necessários R$ 11,4 bilhões para criar projetos que
destinem todos os rejeitos a aterros sanitários”.
As
áreas técnicas da entidade estão acompanhando o lançamento do Programa a fim de
analisar os critérios de adesão por parte dos Municípios. Ressalta-se que,
apesar de a notícia apontar para a possibilidade de concretização de projetos de
saneamento e recursos hídricos, mobilidade urbana, eficiência energética e
energias renováveis, sabe-se que o recurso só poderá ser acessado por aqueles
com capacidade de endividamento.
Por
esse motivo, os gestores precisam analisar quais as condições e os critérios
exigidos para acesso ao financiamento. A descentralização de recursos para
financiar atividades de inovação em parceria com instituições financeiras
credenciais é favorável para os Municípios com capacidade de endividamento, não
para todos os Entes municipais do país.
Setores
prioritários para receber apoio:
-
saneamento e recursos hídricos (tratamento, compostagem, aproveitamento de água
da chuva);
-
mobilidade urbana (implantação de sistemas de transporte e circulação que
priorizem a eficiência e a redução de emissões);
-
eficiência energética (instrumentações, processos, programas) e energias
renováveis (tecnologias e sistemas para energia fotovoltaica, eólica e
biomassa).
Outros
setores de atividade econômica poderão ser apoiados mediante análise das
necessidades locais pela Finep e/ou dos Agentes Financeiros.
Foto: Presidência/Divulgação e Finep
Da Agência CNM de Notícias, com informações da EBC - Via CNM
Da Agência CNM de Notícias, com informações da EBC - Via CNM
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