A Petrobras anunciou hoje um
corte de 3,8% no preço médio do litro da gasolina A sem tributo nas refinarias,
para 1,9855 reais. A gasolina não era negociada abaixo de 2 reais desde 22 de
agosto. A redução, em vigor a partir de amanhã, ocorre em meio ao recuo das
referências internacionais do petróleo e do dólar ante o real.
Só em outubro, a queda do
combustível fóssil nas refinarias da estatal é de pouco mais de 10%. Em relação
à máxima de 2,2514 reais por litro registrada em setembro, o tombo beira 12%.
A política de reajustes diários
da Petrobras está em vigor desde julho do ano passado, mas em setembro último
foi aperfeiçoada com a adoção de mecanismos de hedge, que permite à companhia
segurar os valores do produto nas refinarias por até 15 dias, evitando
volatilidades para os consumidores. Com essa política, a Petrobras visa seguir
o mercado externo e garantir participação no mercado doméstico.
As quedas recentes nos preços
da gasolina se dão diante tanto do recuo do câmbio quanto dos valores
internacionais do petróleo e do próprio combustível fóssil, parâmetros
utilizados pela companhia em sua sistemática de reajustes.
Neste mês, os contratos futuros
da gasolina nos EUA já caíram mais de 10%, enquanto a referência Brent do
petróleo perdeu quase 6¨%. O dólar, por sua vez, diminuiu 9%, refletindo a
disputa eleitoral no Brasil.
Apesar da queda de preço nas
refinarias, a gasolina continua subindo nos postos. De acordo com o IPCA-15,
considerado a prévia da inflação oficial (IPCA), a gasolina subiu 4,57% no mês
de outubro. No acumulado do ano, a alta foi de 16,83%. Em 12 meses, o avanço ficou
em 21,88%.
Pesquisa da Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostrou que o preço médio da
gasolina nos postos no Brasil subiu 0,06% na semana passada, para 4,725 reais
por litro, novo recorde nominal.
A estatal manteve sem alteração
o preço do diesel, em 2,3606 reais, conforme tabela disponível no site da
empresa.
Fonte: ipaumirim
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