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PF localizou a quantia
escondida em caixas de sapato na casa do prefeito (Foto: Divulgação PF)
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A Polícia Federal, com o apoio
da Controladoria Geral da União, deflagrou na manhã desta quarta-feira (21), a
"Operação Bricolagem", que investiga fraudes em licitações de obras
em escolas municipais da prefeitura de Granjeiro. Na casa do prefeito de
Grajeiro, os agentes encontraram cerca de R$ 213 mil escondidos em caixas de
sapatos.
O prefeito de Granjeiro, João
Gregório, município do Cariri cearense, movimentou cerca de R$ 26 milhões na
conta de um parente beneficiário de aposentadoria rural, num período de dois
anos, segundo investigações da Polícia Federal.
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PF localizou a quantia
escondida em caixas de sapato na casa do prefeito (Foto: Divulgação PF)
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“Além do desvio, do próprio
crime de fraude, ainda há a lavagem de dinheiro. Fora a questão social, um
município pobre, com IDH baixíssimo e, além disso, tem os recursos desviados.
São indícios muito fortes de desvios, e uma movimentação vultosa na conta de um
aposentado rural”, destacou a delegada da PF, Josefa Maria Lourenço da Silva.
De acordo com ela, empresas de
fachada ganhavam as licitações para reforma ou construção das escolas. No
entanto, as obras eram realizadas por funcionários contratados da própria
prefeitura, com participação direta do próprio prefeito.
“Eram feitos os processos
licitatórios, as empresas vencedoras eram contratadas, mas quem executava as
obras das escolas era o próprio prefeito. Comprava material, contratava
pessoas. Um mesmo mestre de obras conduzia duas obras em duas escolas
diferentes com empresas diferentes contratadas”, explica a delegada.
Ao todo, foram cumpridos 15
mandados de busca e apreensão, nas cidades em Fortaleza e nas cidades de
Granjeiro, Caririaçu, Aurora e Juazeiro do Norte/CE. Cerca de 60 policiais
federais e oito servidores da CGU participaram da operação.
As buscas foram realizadas na
prefeitura de Granjeiro, na casa do gestor do município, onde foi encontrado o
dinheiro, e nas residências de empresários e funcionários públicos.
Durante as investigações, foi
constatado que empresas de fachada ganhavam as licitações para reforma ou
construção de escolas, entretanto, as obras eram feitas por funcionários
contratados da prefeitura e o dinheiro recebido pelas empresas ganhadoras.
Além do dinheiro, foram
apreendidos diversos documentos, mídias e um veículo. A PF investiga a origem
da quantia e o restante do material apreendido.
Conforme a PF, os envolvidos
responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de fraudes em
licitações e desvio de verbas federais.
Fonte: Tribuna dos vales
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