As lideranças do PSB, PDT e do
PCdoB na Câmara dos Deputados anunciaram nesta quinta-feira (20), por meio de
nota conjunta, que formarão bloco de oposição ao governo Jair Bolsonaro na
próxima legislatura.
A criação do bloco vinha sendo
discutida por esses partidos desde o resultado da eleição deste ano, que elegeu
Bolsonaro presidente da República. O PT, adversário de Bolsonaro no segundo
turno, não aderiu ao bloco de oposição na Câmara.
Na nota divulgada à imprensa,
os partidos afirmam que formarão um bloco partidário que "fortaleça as
posições políticas e a ação parlamentar" das legendas.
Afirmam, ainda, que o bloco
será formado por "partidos que têm identidade histórica e mais aqueles que
eventualmente ao bloco queiram se reunir", deixando espaço para futuros
aliados.
Pouco depois do anúncio, nesta
quinta, o presidente eleito publicou no Twitter que se essas legendas
resolvessem o apoiar "preocuparia o Brasil".
Juntos o PSB, PDT e PCdoB
elegeram 69 deputados para a próxima legislatura, que começa no ano que vem. A
maior bancada da Câmara é do PT, que elegeu 56 deputados. A segunda maior
bancada é do PSL, partido de Bolsonaro, que elegeu 52 deputados.
No primeiro turno da eleição
presidencial, o PDT teve Ciro Gomes como candidato ao Planalto, mas ele recebeu
13,3 milhões de votos (12,4%) e ficou em terceiro lugar; o PSB não apoiou
candidato.
Já no segundo turno, o PDT
manifestou "apoio crítico" a Fernando Haddad (PT), e o PSB decidiu
apoiar o petista.
O PCdoB compôs a chapa de
Haddad com Manuela D'Ávila como candidata a vice-presidente da República.
Leia nota assinada pelos
líderes dos partidos
O
Partido Socialista Brasileiro, o Partido Democrático Trabalhista e o Partido
Comunista do Brasil, através dos líderes de suas bancadas na Câmara dos
Deputados, anunciam que, na próxima legislatura, comporão um bloco partidário
que fortaleça as posições políticas e a ação parlamentar desses partidos que
têm identidade histórica e mais aqueles que eventualmente ao bloco queiram se
reunir. Reafirmam, assim, que farão oposição ao governo eleito, em conformidade
com o resultado e o desejo expresso pelas urnas, da defesa da Democracia, dos
direitos sociais, dos valores éticos e republicanos, e defenderão ideias e
propostas a favor dos interesses do país.
André Figueiredo, líder do PDT
Orlando Silva, líder do PCdoB
Tadeu Alencar, líder do PSB
*Com G1
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