O aleitamento materno, se
realizado até seis meses, pode evitar, por ano, a morte de 1,3 milhão de
crianças Foto: Kid Júnior
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De acordo com a Secretaria da
Saúde, a Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) no Estado teve redução de 24% no
período de 2008 a 2018. No ano passado, a TMI foi de 11,9 para 1.000 nascidos
vivos, e no ano anterior, de 13,2.
Com cerca de 53 mil habitantes,
o município de Granja, na região Norte do Estado, comemora importante marca.
Segundo recente levantamento do Ministério da Saúde, por meio do Sistema de
Informação de Mortalidade (SIM), houve redução significativa nos casos de
mortalidade infantil.
De acordo com os dados, em 2017
foram registrados 31 óbitos infantis na
cidade, já em 2018, esse número diminuiu mais da metade, com 14 óbitos listados. A rede municipal tem 16 unidades
básicas de saúde, distribuídas na sede e distritos, além de uma Unidade de
Pronto Atendimento (UPA). Segundo Valonia Siqueira, coordenadora da Atenção
Básica de Granja, a média da cidade, na última década, era de 30 óbitos por
ano. "Essa importante queda é o reflexo de uma ampla cobertura na saúde,
somente alcançada integralmente nos dois últimos anos", pontua Valonia. Em
2013, por exemplo, esse índice de cobertura era de apenas 6%, com gradual
aumento até os dados atuais, o qual se alcançou 100%.
"Hoje, temos 19 equipes de
Saúde da Família, atendimento que contribui para esse crescimento",
explica a coordenadora. Ela adianta que "também houve melhoria de nossa
maternidade, o aumento de exames relacionados à gestação, além da instalação da
Casa da Gestante, um espaço de apoio para quem não está em trabalho de parto,
porém não tem como voltar para seu domicílio, e onde há atenção de um obstetra
na prevenção de complicações. A atuação da intersetorialidade, que envolve
profissionais da atenção primária e secundária, também tem sido bastante
importante nesse processo", reforça.
Em relação à Macrorregião de
Saúde de Sobral, da qual Granja faz parte, ocorreu uma redução de 21,2% na
mortalidade, na última década. Entre 2017 e 2018, a TMI da Macro Sobral
registrou a redução de 13,0% e 13,6%, respectivamente. Os dados desses dois
anos são parciais, estando sujeitos à revisão, informou a Sesa, que atua
conforme a regionalização do Sistema Único de Saúde (SUS), o qual orienta o
processo de descentralização das ações e serviços de saúde e os processos de
negociação e pactuação entre os gestores.
Em outras regiões do Estado, o
quadro é semelhante. Na cidade de Iguatu, maior do Centro-Sul, a taxa de
mortalidade infantil caiu de 18,6 por mil nascidos vivos, em 2017, para 12,0,
em 2018.
Os dados são da Vigilância em
Saúde da Secretaria da Saúde do Município. De acordo com a titular do setor,
Kelly Felipe, as ações de acompanhamento das gestantes, pré-natal e dos
recém-nascidos por equipes do Programa Saúde da Família contribuem para a
redução dos casos em menores de um ano.
"O esforço das nossas
equipes é nesse sentido, ampliar a assistência às gestantes e orientar as mães
durante o primeiro ano de vida dos bebês", frisou Kelly Felipe.
"A gente avalia que a
mudança de gestão e de pessoal com a descontinuidade de serviços contribuiu
para o aumento dos casos em 2017, mas agora a tendência é reduzir cada vez
mais".
Em Juazeiro do Norte, maior
cidade da região do Cariri cearense, a taxa caiu de 11,57 em 2017 para 10,12 no
ano passado. O número pode reduzir ainda mais, já que nem todos os nascidos
vivos foram registrados. A queda acontece há, pelo menos, dois anos, pois em
2016, o número era bem mais alto: 15,74.
De acordo com a secretária de
Saúde do Município, Fracismones Rolim, o número positivo se deve às ações
implementadas na atenção primária, como a ampliação de equipes de Estratégia de
Saúde da Família (ESF). Houve um aumento de 55 para 82 equipes. "Também
fizemos a adesão ao projeto QualificaAPSUS, em que os profissionais são
treinados. Houve qualificação do pré-natal e melhoria na UTI neonatal",
acrescenta Rolim.
*DN/regional
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