Serão cumpridos cerca de 10
mandados de prisão e 18 de busca e apreensão ao longo da operação. — Foto:
Foto: Lorena Tavares
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Após pouco mais de 24 horas da
prisão, 10 suspeitos presos na Operação Aluminium, realizada nessa terça-feira
(16) pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), devem ser soltos. A
operação identificou empresas de fachada que movimentaram cerca de R$ 5 bilhões
no ramo de indústrias de transformação de alumínio e sonegaram mais de R$ 600
milhões em quatro anos.
O magistrado da Vara de Delitos
de Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE)
decidiu nesta quarta-feira (17) pela revogação da prisão temporária dos
detidos.
O grupo é suspeito de estar
envolvido em um esquema criminoso milionário de sonegação responsável por
deixar rombo nos cofres públicos do Estado do Ceará e da União.
A defesa de Geraldo Silva,
representada pelos advogados Bruno Queiroz Oliveira e Ivan Barros Leal,
destacou: "Em relação ao Geraldo a defesa afirma que ele não tem nenhuma
participação nas empresas de fachada que emitiam notas para gerar crédito. Ele
teve atitude colaborativa de prestar informações, de modo que a prisão é
absolutamente desnecessária. Vamos ter acesso aos outros elementos de prova
para depois se manifestar de maneira mais conclusiva", disseram.
Policiais cumprem mandados em
operação contra sonegação fiscal — Foto: Lorena / Sistema Verdes Mares
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Imóveis e carros de luxo
O grupo vinha adquirindo
imóveis e veículos de luxo com o montante sonegado.
A secretária da Fazenda do
Ceará, Fernanda Mara Pacobahyba, afirmou que "sonegação fiscal no Brasil é
nove vezes maior que a corrupção. Essa organização tinha poder muito forte de
fraudar o fisco".
A ação é realizada pelo MPCE
com o apoio das polícias Civil e Militar, além de fiscais da Receita Federal.
De acordo com o órgão, "esta pode ser a maior operação contra sonegação
fiscal já ocorrida no Ceará"
*G1CE
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