Camilo Santana disse que não voltará atrás da decisão antes
de julho (Foto: Fábio Lima/O POVO)
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Uma semana após anunciar a
suspensão de concursos do Estado, o governador Camilo Santana (PT) disse nesta
segunda-feira, 3, que só analisará possíveis novas convocações a partir do 2º
semestre. Sem antecipar datas ou detalhes, o governador disse que irá avaliar e
anunciar os “momentos corretos” para convocar novos servidores só depois de
julho.
“Deixei para o segundo semestre
para avaliar as datas do chamamento de novos concursos”, disse Camilo, em
participação do VII Seminário Prefeitos do Ceará 2019, no Centro de Eventos.
“Agora, no segundo semestre, vamos avaliar e anunciar os momentos corretos,
adequados, para fazer a convocação”, completa o governador.
Em entrevista coletiva, Camilo
voltou a culpar a atual instabilidade da economia brasileira pela retração dos
gastos do Estado. “Há uma incerteza muito grande na economia brasileira, e isso
afeta estados e municípios (…) precisamos garantir que o Estado do Ceará, que é
modelo para o resto do Brasil em saúde fiscal, continue nesse rumo”, afirmou.
Ele nega, no entanto, que a
opção signifique que o governo não dê importância para a formação de carreiras
de Estado. “Se tem um governador que fez mais concursos e que mais investiu em
pessoal no Brasil, foi o Estado o Estado do Ceará. Nós fomos no ano passado o
estado que mais aumentou gastos em pessoal do Brasil”, diz.
No final de maio, o secretário
do planejamento e gestão, Mauro Filho, anunciou pacote de medidas de ajuste
fiscal que prevê corte de R$ 390 milhões nas despesas de manutenção da máquina
pública. Outro ponto do pacote foi a suspensão temporária de concursos públicos
no Ceará, assim como da homologação dos já realizados e convocação dos
aprovados.
Estavam previstas para esse
ano, por exemplo, provas para a Polícia Militar e para a Secretaria de
Desenvolvimento Agrário. Servidores do Estado também não receberão reajuste.
Haverá apenas reposição salarial pela inflação para funcionários que recebem um
salário mínimo (atualmente, R$998) e para categorias como professores e agentes
de saúde, que contam com piso regulado por lei federal.
*O POVO/Politica
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