Diante da reação em cadeia de
diversos setores, Jair Bolsonaro recuou dos planos do ministro da Economia
Paulo Guedes e por meio das redes sociais disse que "a recriação da CPMF
ou aumento da carga tributária estão fora da reforma tributária". Ele
disse ainda que a demissão de Marcos Cintra foi "a pedido" e que foi
motivada "por divergências no projeto da reforma tributária".
Após a reação de diversos
setores contra a proposta de criação de um imposto semelhante à CPMF, que
previa alíquotas de 0,40% para depósitos em dinheiro e saques, Jair Bolsonaro
usou a sua página no Twitter para recuar e dizer que o imposto está fora da
proposta de reforma tributária.
Em letras garrafais, Bolsonaro
afirmou que "tentativa de recriar CPMF derruba chefe da Receita".
Segundo ele, "Paulo Guedes
exonerou, a pedido, o chefe da Receita Federal por divergências no projeto da
reforma tributária". No entanto, o governo aventou a proposta de recriação
da CPMF por diversas vezes. O próprio Bolsonaro chegou a dizer que o governo
cogita a recriação de um novo imposto nos moldes da extinta CPMF. “Vou ouvir a
opinião dele [Paulo Guedes]", disse Bolsonaro.
Hoje, Bolsonaro escreveu:
"A recriação da CPMF ou aumento da carga tributária estão fora da reforma
tributária por determinação do Presidente".
A realidade é que o governo
recuou porque a proposta não foi aceita por diversos setores aliados em pautas
econômicas. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta
quarta-feira (11) que a ideia do governo de cobrar imposto sobre pagamentos provocou
uma reação "contundente" dos parlamentares e que a medida terá
"dificuldade" em avançar na Casa.
O governador de São Paulo, João
Doria (PSDB), que foi fiel ao governo na aprovação da reforma da Previdência,
também rejeitou e disse que ia orientar a bancada paulista a reprovar a
proposta.
Resultado, o governo demitiu o
secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, nesta terça (11).
"Poupa-se Paulo Guedes,
critica-se Marcos Cintra por ter insistido com a ideia da nova CPMF. Ora,
quantas vezes Guedes não defendeu a ideia também? Mas Guedes é o queridinho do
mercado e da mídia, Cintra, não. Pode ser descartado" comentou o
jornalista Ricardo Noblat.
*Com informações Brasil247
Nenhum comentário:
Postar um comentário