A enquete realizada pelo portal
da Assembleia Legislativa entre 9 e 16 de dezembro questionou aos internautas
sobre a possibilidade de privatização do Parque Nacional de Jericoacoara e de
outras unidades previstas pelo Governo Federal.
A maioria dos internautas
(57,9%) acredita que os parques não devem ser privatizados, pois são áreas
sensíveis e poderão correr risco de exaustão do patrimônio, devido à exploração
lucrativa.
Outros 24,8% entendem que a
medida possibilitaria mais investimentos e melhor estrutura. Já 17,2%
responderam que é possível privatizar desde que o modelo de gestão priorize o
manejo e conservação ambiental.
Para o deputado Heitor Férrer
(SD), as unidades de preservação ambiental devem ser geridas pelos governos
Federal e Estadual. “Existe a legislação federal, que é toda pertinente e
organizada e não apresenta risco de maus-tratos a essas reservas”, diz. Segundo
o parlamentar, entregando para a iniciativa privada, o zelo pelas áreas
ambientais não seria o mesmo.
O deputado Nezinho Farias (PDT)
também se colocou contra qualquer privatização em áreas ambientais. “São locais
de grande interesse para o nosso Estado, até pelo turismo. É preciso priorizar
uma administração municipal, estadual ou federal, e não entregar nas mãos de
interesses privados que visariam apenas ao lucro”, afirma.
O secretário de Meio Ambiente
do Ceará, Artur Bruno, assinala que privatizações trazem temores,
principalmente em se tratando de áreas ambientais e turísticas.
O secretário enfatiza que, no caso
do Parque Nacional de Jericoacoara, por exemplo, o Estado vai apresentar uma
proposta ao Governo Federal buscando assumir, junto com o Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a administração do Parque
Nacional de Jericoacoara. “No caso, Governo do Estado, em parceria com o
ICMBio, cuidaria dessa área, já que entendemos que aqueles terrenos pertencem
ao patrimônio ambiental do Ceará e não devem ser delegados a empresa privada”,
explica.
*Com informações via Roberto
Moreira
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