Por Reginaldo Silva
O jornalista e dramaturgo,
Nelson Rodrigues, costumava dizer: ” se os fatos são contra mim, pior para os
fatos”. Os acontecimentos históricos servem como referência às chamadas curvas
de aprendizagem às gerações futuras.
Em 2020, teremos eleições
municipais em todo País. Nova Russas vai encerrar um período de transição que
já passa de uma década.
Marcos Alberto foi eleito
prefeito de Nova Russas em 2008, após derrubar um sistema político, denominado
de Grupo EMPA (Empresa de Projetos Agropecuários), formada por um grupo de
agrônomos que comandou o município por 20 anos, dando início a um novo ciclo
político.
Com a vitória de Marcos, os
ânimos se acirram e também teve início uma guerra política que vai culminar com
a cassação do gestor em agosto de 2011.
O então vice-prefeito, Paulo
Evangelista, assume o restante do mandato, sem avanços administrativos em
virtude dos resquícios políticos deixados entre os blocos de oposição e
situação.
Em 2012, vem uma nova eleição
municipal e vence uma terceira via, a população entendeu que aquela guerra não
estava fazendo bem ao município. Na época seis candidatos disputaram a
prefeitura e o empresário Gonçalo Diogo que tinha como vice-prefeito, Sérgio
Brito, venceu as eleições municipais.
Os quatro anos de Gonçalo Diogo
foram de calmaria política, sem grandes feitos administrativos, uma vez que os
fragmentos dos anos anteriores emperraram o desenvolvimento da máquina pública.
Quatro anos depois, já em 2016,
as urnas mandaram outro recado para as lideranças políticas de Nova Russas,
queriam renovação completa no sistema político local. Elegeram dois jovens para
o comando da cidade. Rafael Pedrosa foi eleito prefeito e Júnior Mano vice.
No primeiro ano da gestão houve
um rompimento político entre Rafael Pedrosa e Júnior Mano. O rompimento foi
salutar para Júnior, que se tornou deputado federal em 2018. A administração
seguiu seu rumo, realizando uma obra aqui outra ali e mantendo um controle
praticamente hegemônico da Câmara Municipal, sem conflitos políticos.
No apagar das luzes de 2019,
ocorre um fato inédito na política do município. O prefeito Rafael Pedrosa,
assume publicamente que não irá concorrer a reeleição e apoiará o nome apontado
pelo deputado federal Júnior Mano para as eleições de 2020. As relações
políticas e administrativas iniciadas em 2016 foram restabelecidas.
As últimas três eleições
municipais em Nova Russas foram marcadas por um período de transição. A política
local vive entre a ruptura do Grupo EMPA, que mandou 20 anos e o início de um
novo ciclo político.
Após a união do prefeito Rafael
Pedrosa com o atual deputado federal Júnior Mano, formaram-se três correntes
políticas no município: a dos “contentes”, a dos “rebeldes” e a dos
“expectadores”, que aguardam os novos fatos.
Na virada de 2019, a política
local vive seu baile de máscaras, onde todos usam fantasias, mas nenhuma revela
a verdadeira face dos atores sociais.
Bem vindos a 2020!
*Via Ceará Noticias
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