Mais um capítulo do descaso do
governo do estado com a Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. Nesta
segunda-feira, 20, parte do teto de um dos laboratórios do campus Betânia
desabou, quase atingindo os alunos que estudavam no local, segundo informações
da professora Maria Luíza, do curso de biologia e diretora do SindiUVA. Segundo
o presidente do SindiUVA, Marcel Cunha, as instalações não passam por reforma
há muito tempo, apesar das constantes denúncias e solicitações, tanto dos
servidores quanto dos estudantes.
“A infestação de cupins por toda a estrutura é
visível. Rachaduras nas salas, goteiras, instalações elétricas, ventiladores e
aparelhos de ar condicionado com defeito, portas, cadeiras e demais peças do
mobiliário danificadas, enfim, a situação de abandono da UVA é revoltante”,
desabafa a professora Amélia André, da diretoria do SindiUVA, que alerta: “o
forro de diversos prédios do campus Betânia está comprometido. Hoje, madeira
podre quase caiu sobre os estudantes. Nos perguntamos até quando, por
negligência, o governo do estado continuará pondo a vida dos estudantes em
risco. Ninguém sabe o que pode acontecer nas próximas chuvas”.
A situação de degradação dos
campi da UVA é uma das motivações do estado de greve aprovado pelos professores
na última quinta-feira (16). Nesta segunda, já foi realizada atividade de
esclarecimento e mobilização no auditório do Centro de Ciências da Saúde – CCS,
da qual participaram estudantes e professores dos cursos de enfermagem e
educação física e membros do corpo dirigente da instituição.
Estado de Greve: “Diferente da
greve, que é um direito previsto no art. 9º. da Constituição Federal de 1988,
regulamentado pela lei federal nº. 7.783/1989, o estado de greve é um momento
de mobilização, construção de atividades em defesa de nossas universidades
estaduais, dos serviços públicos e dos direitos dos trabalhadores e
trabalhadoras. É um sinal de alerta para que o governo abra um canal de diálogo
com as entidades para que seja evitada a situação de greve”, explica o
vice-presidente do SindiUVA, Joannes Forte. Além da UVA - UECE e URCA também
estão em estado de greve.
*Com informações, Comunicação
SINDIUVA
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