Conforme denúncia, prefeito
coagiu servidores a votarem em sua mulher, eleita deputada estadual em 2018.
Prefeito recorreu e diz que não há provas de irregularidades –( Foto: José
Leomar)
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O Ministério Público do Estado
do Ceará (MPCE) abriu nesta terça-feira (21) inquérito civil público para
apurar suposta prática de perseguição política a diretores e coordenadores de
escolas municipais de Caucaia.
Conforme a ação, em 2018,
durante o período eleitoral, o prefeito Naumi Amorim (PSD) exonerou gestores da
educação que não declararam apoio e voto à candidatura da primeira-dama Érika
Amorim (PSD) ao cargo de deputada estadual - para o qual foi eleita para um
mandato de quatro anos no Legislativo cearense.
O prefeito afirma em nota que
não há "qualquer comprovação" das irregularidades na campanha que
elegeram Érika Amorim. Ele afirma ainda que está "certo de que a decisão
do TRE-CE será revertida com o recurso já apresentado ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE)".
Além disso, de acordo com o
Ministério Público, Naumi utilizou servidores em prol da campanha política e
causou embaraço ao exercício das funções de funcionários da Prefeitura. No
inquérito, o MPCE justifica que as ações caracterizam improbidade
administrativa e, por isso, precisam ser investigadas.
O MPCE também cita decisão do
Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) que condenou Naumi e Érika Amorim
e a então secretária de Educação à época, Lindomar da Silva Soares, por coação
e perseguição a servidor público comissionado, caracterizando conduta vedada a
agente público.
Pelo TRE-CE, o prefeito e a
deputada foram condenados a pagar multa de R$ 30 mil, cada um, pela prática. Já
para Lindomar foi estabelecida multa no valor de R$ 5.320,50.
*G1CE
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