Cearense recebeu alta
hospitalar e deve continuar o tratamento em casa — Foto: Arquivo Pessoal
|
Internada desde o dia 8 de
abril com suspeita de Covid-19, a aposentada Albanisa Domingos de Sousa
Rebouças, de 90 anos, recebeu alta hospitalar na terça-feira (14), para
concluir a recuperação isolada em casa, no Bairro Bom Sucesso, em Fortaleza.
Durante internação na rede particular, médicos ministraram um coquetel de
medicamentos para idosa, dentre eles a cloroquina, remédio recentemente
incluído no tratamento da doença.
Por apresentar sintomas
suspeitos de infecção por novo coronavírus, Albanisa Domingos foi testada, mas
o resultado do exame ainda não foi disponibilizado. A idosa segue sob cuidados
da família, pois está no grupo de risco por múltiplos fatores, como idade,
hipertensão e diabetes.
Os primeiros sintomas iniciaram
há nove dias e logo se agravaram, relata Ana Cristina Rebouças, 49, filha da
paciente. Depois de apresentar febre, ela foi internada.
“Ela já tava apresentando uma
tosse insistente, logo liguei para o médico vir fazer uma avaliação domiciliar,
e ele disse que era uma alergia. Logo que ele saiu, a mãe vomitou tanto que
desmaiou”, relembra.
“Primeiro foi na ala comum, mas
fez exames que acusaram o comprometimento do pulmão e os médicos transferiram-na
para a ala da Covid-19".
Por também apresentar sintomas
da Covid-19, Ana conta que precisou ir para casa, seguindo as orientações da
equipe hospitalar. Em seguida, Glaucia Rebouças, 55, assumiu o posto e cuidou
da mãe internada. “Foi muito angustiante tanto pela contaminação quanto pelo
nosso pai, que tem 92 anos e não podia vê-la. Eles têm 62 anos de casados, é
muito difícil”, disse Glaucia.
Sintomas na família
Segundo Ana, a filha que mora
com dona Albanisa, “eu, meu pai e meu filho já tínhamos apresentado alguns
sintomas, como tosse e cansaço, antes da minha mãe. Cheguei a levar meu pai ao
hospital por causa de um derrame, mas a mãe foi a que teve a piora. Hoje meu
pai está bem, isolado na casa da Glaucia”.
A única a fazer o teste para
Covid-19 foi Albaniza, apesar dos sintomas no restante da família. “Antes de
voltar pra casa, passei em outro hospital para me consultar.Chegando lá, fui
informada que apenas os pacientes internados ou agentes da saúde poderiam fazer
o exame e, mesmo sendo técnica de enfermagem, não consegui fazer”, explica Ana.
*Sabrina Souza, G1 CE
Nenhum comentário:
Postar um comentário