Por Marcos Alencar 01/05/20
marcos@dejure.com.br
Infelizmente no meio de todo
esse sofrimento mundial, não há espaço para comemorações. Apesar disso, nós
precisamos levantar a cabeça e olhar para frente, agir com superação.
Vamos nos preparar para o pior,
mas na torcida, no otimismo que o melhor estar por vir. O pessimismo e o
desânimo não resolvem o problema. Ao contrário, eles agregam mais negatividade
a tragédia. A tristeza é um sentimento normal a se conviver ao meio de tantas
notícias ruins. Porém, busque focar em notícias boas e no otimismo.
O primeiro de maio de 2020 tem
o sabor diferente de todos que eu já vivi, porque estamos enfrentando numa
crise abissal, com toda a atividade produtiva mundial anestesiada e na uti, mas
com um nível de solidariedade e de tolerância, entre patrões e empregados,
nunca visto.
O dia do trabalhador é um dia
mundial que homenageia todos que trabalham, que lutam pelo seu sustento. Não se
refere apenas ao trabalhador de carteira assinada, é importante que se
registre. Esta data ganhou proporções mundiais e hoje abraça a todos que estão
inseridos na população ativa do planeta Terra.
A data surgiu em homenagem ao
dia 1 de maio de 1886, quando uma greve foi iniciada na cidade de Chicago, com
o objetivo de conquistar melhores condições de trabalho, principalmente a
redução da jornada de trabalho que chegava a absurdas 17 horas diárias. O
resultado da greve foi a redução para às 08 horas diárias que estamos até hoje
nos parametrizando. Esse, inclusive, passou a ser o padrão mundial e até
adotado pelo Brasil.
Neste Primeiro de Maio, eu
enxergo o empregador se colocando no lugar do empregado e vice-versa, porque
estamos passando por um problema diferente e gravíssimo, que atinge tanto a
realeza inglesa quanto os índios ianomâmis. A situação é geral, atinge todas as
classes sociais, ricos e pobres, em todo o planeta.
Por pior que pareça, isso tem
um lado bom, porque o esforço para ser resolvido rapidamente é gigante, todos
querem uma solução para ontem.
Ao desempregado que nos lê,
procure se “alfabaitizar”, estude como acessar a internet, usar aplicativos,
porque neste momento o que está crescendo é o ecommerce; tudo que puder ser
vendido (produtos, serviços, etc.) através de um celular está sobrevivendo.
Eu sei que é preciso dinheiro
para acessar a web, mas priorize esse dinheiro para isso; porque o único ramo
que está contratando empregados é o de supermercado, logística, áreas do
segmento digital (que exige muito conhecimento técnico), quem se encaixar
nessas ocupações poderá focar nestes segmentos.
O trabalhador precisa entender
que todas aquelas ameaças de disrupção, de extinção de algumas profissões, tudo
isso está sendo antecipado; conheço casos de empresas que já decidiram que
deixarão de existir no mundo físico e viverão apenas de comércio online. Há
pequenos estabelecimentos que com a crise, os seus proprietários enxergaram que
podem ganhar mais dinheiro sem ter o custo de uma loja presencial.
Por fim, “nem só de pão vive o
homem”, portanto nutra a sua mente com coisas produtivas, menos notícias ruins
dos grupos de Whatsapp; maior foco nas leituras produtivas; tome doses de
otimismo, sem perder a razão da gravidade que estamos enfrentando.
FIM
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