“Na discussão com os líderes, é posição quase de unanimidade que devemos ter adiamento, mas sem prorrogação de nenhum mandato”, afirmou Maia, nesta terça-feira (19/05).
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foi na mesma linha. “Temos acompanhado, nos últimos dias, essa aflição dos brasileiros em relação ao problema de saúde pública e, naturalmente, a preocupação com a democracia”, observou Alcolumbre, ao relatar conversas com Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e com o ministro Luis Roberto Barros, que está prestes a assumir o comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Uma das propostas que já circula entre os parlamentares é a de adiar o primeiro turno das eleições para 15 de novembro e deixar a segunda rodada para o início de dezembro. Agora, Câmara e o Senado devem criar um grupo de trabalho, com deputados e senadores, para estudar a mudança de calendário eleitoral.
Na avaliação do líder do Cidadania, deputado Arnaldo Jardim (SP), tudo indica que o atual cronograma terá problemas, uma vez que, além das datas das votações, partidos e candidatos precisam cumprir exigências antes de outubro. “Não vamos prorrogar mandatos. A ideia é jogar a data para frente”, observou. Jardim.
Maia e Alcolumbre têm trocado ideias com Barroso, que assume a presidência do TSE no próximo dia 25. “O meu desejo é não adiar. Mas é inegável que neste momento, olhando para a frente, há uma possibilidade real de isso ser necessário”, afirmou Barroso em entrevista no inicio do mês
Em março, Maia não admitia o adiamento da disputa. “A discussão de adiar as eleições é completamente equivocada. Nestes próximos meses, o foco do Parlamento, do Poder Executivo e do Judiciário será, certamente, o enfrentamento dessa crise, com os Três Poderes trabalhando de forma unida”, disse o presidente da Câmara, na época.
*AE
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