Atualmente os proprietários de veículos são orientados a imprimir o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo em meio eletrônico (CRLV-e) em casa, o qual deveria ser expedido em substituição ao CRLV em meio físico, na forma estabelecida pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), porém muitos não estão conseguindo finalizar o procedimento devido um erro no sistema do Detran/CE, (aqui).
Sobre esse assunto, muitos
internautas querem saber o motivo de ainda terem que pagar a taxa de
licenciamento, se o documento pode ser impresso em casa e, ainda, o porquê da
cobrança da taxa de expedição se o documento não é entregue via correios. O
Detran e especialistas tentam esclarecer a situação.
Conforme o Detran/CE, com a
evolução na tecnologia e até mesmo na legislação de trânsito, o documento de
circulação do veículo em formato físico é cada vez menos necessário. “A versão
eletrônica – CRLV Digital dispensa o documento em papel em todo o território
nacional. No entanto, para deixar o país, o documento do veículo impresso ainda
é necessário. Então, a possibilidade de impressão do documento em casa é uma facilidade
a mais trazida para o cidadão”, explicou o órgão.
Segundo o Código de Trânsito
Brasileiro (CTB), em seu anexo I, o licenciamento é um procedimento anual,
relativo a obrigações do proprietário de veículo, comprovado por meio de
documento específico (Certificado de Licenciamento Anual). Pela legislação
vigente, os Detrans têm autonomia para estabelecer suas taxas.
O que dizem os especialistas
Julyver Modesto de Araújo, que
é consultor e professor de legislação de trânsito, acredita que os Detrans
ainda não tiveram tempo de se adequar as mudanças.
“O fato é que toda taxa, como espécie de
tributo, é prevista em lei que estabelece quando, como e quanto será cobrado
dos contribuintes. Os Detrans, que são órgãos estaduais, não adequaram seus
procedimentos para deixar de cobrar essa taxa. O correto seria não cobrar mais,
já que o documento não será emitido. Os Detrans têm se justificado sob o
argumento de que existe a necessidade de cobrança pelo serviço que é prestado
que vai além da simples impressão. Acredito que num futuro próximo a taxa deixe
de ser cobrada, mas como ainda é muito recente, os Detrans não conseguiram se
adequar”, argumenta.
Para Eduardo Cadore, que também
é especialista em legislação de trânsito, esperava-se que a tecnologia tirasse
alguns custos do processo, o que não aconteceu. “A maioria dos cidadãos achou
que essa modernização iria baratear o custo do processo, mas até agora nada.
Até a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é preciso pagar a taxa de
expedição mesmo que seja utilizada só a versão digital”, explica Cadore.
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