A Justiça eleitoral determinou, na tarde deste
domingo (11), o prazo de uma hora para que os candidatos Wagner Sousa e Kamila
Cardoso suspendam os anúncios irregulares no buscador do Google e notificou o
Google Brasil para fornecer explicações, no prazo de dois dias, sobre a
veiculação dos anúncios. A decisão atende pedido da coligação “Fortaleza Cada
vez Melhor”.
Os candidatos Wagner e Kamila estavam utilizando
de forma ilegal o Google ADS, ferramenta de anúncios do Google, ludibriando o
eleitor que, quando pesquisava a palavra Sarto, se deparava com anúncios de
Wagner.
Na decisão, o juiz Ademar da Silva Lima, da 2ª
Zona Eleitoral de Fortaleza, ressaltou que a manobra usada é “conduta desleal”
e “gera confusão no eleitor”. “Tal modo de proceder, vale dizer, a pesquisa ser
destinada a um candidato e o resultado que primeiro aparece diz respeito a
outro (direcionamento em primeiro plano), apresenta-se irregular, eis que gera
confusão no eleitor que faz a busca, produzindo distorções na informação que se
pretende efetivamente obter, sendo conduta desleal, que fere um mínimo de
moralidade que deve guiar toda a propaganda eleitoral, prática que deve ser
rechaçada prontamente pela Justiça Eleitoral”, afirmou o Juiz.
De acordo com a decisão, os candidatos da coligação
Uma Fortaleza de Todos têm dois dias para apresentar a cópia do contrato que
gerou o anúncio de direcionamento de busca, “advertindo-se que se presumirá o
prévio conhecimento caso os representados não apresentem a cópia do respectivo
contrato no referido prazo”.
O juiz solicita ainda que o Google seja intimado
a informar, também no prazo de dois dias, as datas de veiculação do anúncio e
das suas eventuais suspensões até a data de cumprimento da ordem judicial de
cessação.
Veja:
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