Antonio José morreu por asfixia
mecânica decorrente de obstrução das vias respiratória |
O laudo cadavérico da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) apontou que Antonio José da Costa, de 23 anos, foi morto por "asfixia mecânica” decorrente de obstrução das vias respiratória por aspiração a meio liquido-pastoso contendo restos de alimentos (vômito).
Foram encontradas lesões corporais de natureza traumática superficial por ação contundente, edema e equimose (manchas avermelhadas) no tórax, adormem, quadril á direita e pálpebra superior do olho esquerdo, hemorragia nas conjuntivas oculares e escoriações semicircunferências em ambos os punhos, pequenas escoriações nos cotovelos, ombro esquerdo e região posterior, contudo estas lesões não foram a causa da morte.
Parecer - (imagem: captura de tela) |
O exame também aponta que não houve lesões como
escoriações, sulcos ou equimoses (manchas) externas
no pescoço de Antonio, como também não existem escoriações do tipo arrastamento
na superfície corporal.
Ainda conforme o documento, está descartada a possibilidade de afogamento, enforcamento, esganadura e estrangulamento, permanecendo a causa da morte por sufocação, quando houve aspiração em meio liquido pastoso revelado pela presença de vômitos com obstrução parcial das vias aéreas respiratórias.
Foram encontradas lesões corporais de natureza traumática superficial (Laudo Pericial) |
O laudo confirma a versão dos
familiares de Antônio José, que o mesmo havia sido torturado antes de falecer.
Conforme denúncia da família, Antonio
José da Costa, de 23 anos, foi torturado por policiais militares e morreu na
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade de Granja, localizada a 328 Km de
Fortaleza.
De acordo com uma familiar, os
policiais detiveram Antônio em um bar, na tarde do dia 29 de janeiro de 2020, na
localidade de Timonha, zona rural de Granja. Ele teria sido levado para
interrogatório na própria casa, localizada ao lado do estabelecimento
comercial. Vizinhos dizem ter escutado gritos e sons do que parecia ser uma
pessoa se afogando.
Familiares disseram que a casa
de Antônio foi encontrada revirada e suja de vômito e de sangue. Para os
parentes, não havia motivações para a abordagem. “Estou aqui em nome da
família. A gente quer Justiça”, conclui a familiar.
Com informações o POVO e G1/CE
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