O
Município ainda deve três meses em locação de imóveis onde funcionam serviços
públicos, assim como tem contas de energia em atraso em tais nos imóveis. |
Na manhã desta sexta-feira (8), o prefeito de Juazeiro do Norte
empossado no início do mês, Glêdson Bezerra (Podemos), apresentou o balanço
parcial das finanças da cidade. Acompanhado do vice, Giovani Sampaio, e dos
secretários municipais, o novo prefeito explicou sobre os débitos do Município.
“Infelizmente, o que eu tenho a dizer é que a Prefeitura de Juazeiro
do Norte vive um caos financeiro”, afirmou o gestor. O prefeito apresentou débitos
deixados pela última gestão, como a folha de pagamento do mês de dezembro,
equivalente a 23 milhões, e dívidas com empresas que prestam serviços ao
município, como a MXM, responsável pela limpeza urbana, e Enel, responsável
pelo fornecimento de energia
O débito total, até o momento, segundo expôs Glêdson, é na casa dos 70
milhões, sem contar obras e outras despesas ainda não computadas nos primeiros
quatro dias úteis do ano. Segundo o gestor, a administração tenta enxugar a
folha do Município, diminuindo de 23 para 20 milhões.
Somando o dinheiro em caixa e as verbas a serem recebidas até o
próximo dia 12 de janeiro, serão apenas 14,6 milhões, que quando diminuídos do
débito, restarão 74,5 milhões a pagar. “Juntando o que ficou com o que será
arrecadado, não dá para pagar sequer o débito”, afirmou, preocupado, Glêdson
Bezerra.
Entre as empresas que ainda não receberam o valor do contrato feito
com Juazeiro, estão a MXM, que espera 3,9 milhões. No caso da coleta de lixo,
Glêdson disse que a firmou acordo para baixar o valor, de 4,5 milhões para três
milhões.
A Cosampa, empresa que troca lâmpadas queimadas e implanta luminárias
na cidade, reclama quase 1,5 milhão. A Enel, distribuidora de energia, cobra
3,3 milhões. Segundo Glêdson, entre janeiro e novembro de 2020 foram
arrecadados, somente em taxa de iluminação pública, 16 milhões.
O Município ainda deve três meses em locação de imóveis onde funcionam
serviços públicos, assim como tem contas de energia em atraso em tais nos
imóveis. Alguns, segundo explicação do gestor, já tiveram o serviço de energia
cortado, a exemplo do almoxarifado da Secretaria de Educação.
A Aceni, que presta serviços de saúde, cobra 8,2 milhões. Os fornecedores de itens médicos estão em atraso, como clínicas, laboratórios, atendimentos domiciliares e o próprio Hospital de Campanha, que já se encontra fechado.
O vice-prefeito, Giovani Sampaio, reafirmou os débitos do Município, dizendo que é preciso muita calma e planejamento para resolver o problema. Segundo ele, essa é a primeira vez na história de Juazeiro onde houve atraso no salário dos servidores concursados. “O desastre é em cascata”, afirmou o vice.
(Badalo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário