O presidente Jair Bolsonaro
confirmou nesta segunda-feira (8) que o governo negocia o pagamento de um novo
auxílio aos trabalhadores informais, que sucederá o auxílio emergencial pago
desde o ano passado e cujos últimos repasses foram feitos no fim de janeiro.
Ainda não há detalhes sobre as regras do benefício nem o valor a ser pago.
No auxílio emergencial criado no ano passado, foram pagas três parcelas de R$
600 até R$ 1.800 por família (os valores maiores eram destinados a famílias
chefiadas por mulheres). O valor do benefício depois foi reduzido para parcelas
de R$ 200 cada até o encerramento do programa.
"Estamos negociando com o
Onyx Lorenzoni [ministro da Cidadania], Paulo Guedes [ministro da Economia,
[Rogério ]Marinho [ministro do Desenvolvimento Regional], entre outros, a
questão de um auxílio ao nosso povo, que está ainda numa situação bastante
complicada", afirmou o presidente durante cerimônia de lançamento da
Plataforma Participa + Brasil, no Palácio do Planalto.
Sem dar mais informações sobre o auxílio, o presidente ainda ponderou as
limitações fiscais do governo para expandir gastos, mesmo na pandemia.
"Sabemos, Paulo Guedes, que estamos no limite do nosso endividamento e
devemos nos preocupar com isso. Temos um cuidado muito grande com o mercado,
com os investidores e com os contratos. Nós não podemos quebrar nada disso,
caso contrário, não teremos como garantir realmente que o Brasil será diferente
lá na frente", acrescentou.
Em seu discurso, o presidente
voltou a manifestar preocupação com um novo aumento no preço dos combustíveis, mas destacou
que não pensa em interferir na Petrobras, que é quem define a política de preço
com base na variação dos produtos no mercado internacional. "Jamais nós
tabelaremos seja o que for, jamais praticaremos qualquer intervenção na
estatal".
Plataforma
Na cerimônia no Palácio do
Planalto, que contou com a participação dos novos presidentes da Câmara dos
Deputados, Arthur Lira, e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, o governo
lançou Plataforma
Participa + Brasil, com o objetivo de promover o processo de
participação social da sociedade civil nas políticas públicas em discussão no
governo. De acordo com a Secretaria de Governo, o portal oferece ao
cidadão canal de comunicação direto com os órgãos federais, incluindo a
disponibilização de módulos para divulgação de consultas e audiências públicas,
pesquisas e na promoção de boas práticas de governança.
“Vamos centralizar as informações
e auxiliar o cidadão a acompanhar, com mais transparência, o processo de tomada
de decisões dos órgãos que compõem o Poder Executivo Federal”, explicou o
ministro Luiz Eduardo Ramos.
(Agência Brasil)
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