Ceará Acontece: 33 policiais são indiciados por tentativa de homicídio contra Cid Gomes durante motim da PM

segunda-feira, 21 de junho de 2021

33 policiais são indiciados por tentativa de homicídio contra Cid Gomes durante motim da PM

 

Denúncia indicia dois oficiais perda de comando e pede eles sejam remanejados para funções administrativas. 

A Justiça indicia 33 policiais por tentativa de homicídio contra o senador Cid Gomes (PDT), durante motim da Polícia Militar ocorrido em fevereiro  de 2020. O atentado contra o senador ocorreu em Sobral, durante motim realizado por centenas de policiais em uma unidade militar. Cid tentava derrubar o portão do prédio com uma retroescavadeira, quando policiais encapuzados atiraram várias em sua direção.

 

Foi instaurado Inquérito Policial Militar (IPM) que obteve autorização para quebrar o sigilo telefônico de policiais. Foi dessa forma que os nomes dos policiais envolvidos no atentado foi descoberto.

 

Na última quinta-feira (17), o Ministério Público do Ceará (MPCE) por meio da Promotoria de Justiça Militar e Controle Externo da Atividade Policial Militar, apresentou denúncia contra 35 membros da Polícia Militar, incluindo os tenentes-coroneis Jean Acácio Pinho e Romero dos Santos Colares) por crimes militares, como revolta e omissão de eficiência de força. Estes dois últimos não foram acusados por tentativa de homicídio.

 

A promotoria pede a perda de patentes e graduações para posterior expulsão dos quadros da PM. Enquanto o processo transcorre, é recomendada na denúncia contra os oficiais, que ambos fiquem em posições administrativas, ficando proibidos de fazer trabalho de campo e de exercer funções de chefia, comando ou direção.

 

Os outros 33 policiais ficam proibidos de frequentar qualquer instalação militar, sob risco de prisão preventiva caso haja descumprimento da medida.

 

A investigação realizada no caso mostra que o comandante do quartel onde ocorreu o atentado perdeu o controle sobre os homens sob seu comando. “Não se ignora que aquele movimento criminoso de militares só ganhou fôlego a partir da conduta de parcela dos oficiais comandantes da tropa, quer seja a nível de comando de subunidade ou batalhão, quer seja a nível dos grandes comandos, que com sua leniência, desdém, e sentimento de endosso, fingiam que não estavam entendendo o que acontecia, por desejarem colher futuramente os louros políticos e salariais do motim”, diz trecho da denúncia.

 

 

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