A correção custaria R$ 15 bilhões no Orçamento do ano que vem. Em
2020, o Congresso aprovou o congelamento do salário dos servidores públicos até
dezembro deste ano- Foto: reprodução/VEJA |
O presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) encomendou ao ministro da Economia, Paulo Guedes, um reajuste de 5% no
salário dos servidores públicos em 2022, segundo a colunista Adriana Fernandes,
no Estadão. O pedido de Bolsonaro seria uma estratégia para recuperar sua
popularidade em vista à eleição de 2022.
A correção custaria R$ 15 bilhões
no Orçamento do ano que vem. Em 2020, o Congresso aprovou o congelamento do
salário dos servidores públicos até dezembro deste ano.
A medida seria um das táticas de
Bolsonaro para conquistar o eleitorado para 2022. Na noite desta terça-feira
(15/6), o presidente também anunciou que está “quase fechado” na equipe
econômica a decisão de dar um reajuste de 50% no programa Bolsa Família em
dezembro deste ano, quando, calcula o governo, não haverá mais auxílio
emergencial.
No entanto, segundo a coluna, a
fala pegou a equipe orçamentária de surpresa, uma vez que todos os cálculos
foram feitos para garantir um benefício médio de R$ 250, totalizando um custo
de R$ 51 bilhões em 2022 aos cofres públicos.
Teto de gastos é entrave
Bolsonaro, entretanto, não poderá
instituir o reajuste nos salários e o aumento do valor do Bolsa Família sem
ultrapassar o teto de gastos, mesmo com a correção da inflação mais alta, que
aumenta o limite.
O secretário do Tesouro, Jeferson
Bittencourt, afirmou que o espaço para gastos no orçamento de 2022 está próximo
de R$ 25 bilhões, o que impede que o impede um aumento significativo nas
políticas de auxílio e em reajuste de salários.
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