O maníaco estava foragido havia
20 dias. Nesse período, invadiu várias propriedades rurais fez reféns, roubou
alimentos e impôs terror com violência e ameaças. |
Morreu nesta segunda-feira, 28, Lázaro Barbosa, 32 anos, após ser baleado. A informação foi confirmada pela Polícia. Condenado por assassinatos e estupros, o fugitivo da Justiça era procurado por uma série de crimes na Bahia e em Goiás. Ele também é acusado da morte de quatro pessoas de uma família em Ceilândia, no Distrito Federal, e de um caseiro de uma fazenda no distrito de Girassol, em Goiás.
Mais cedo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, fez o anúncio em suas redes sociais de que o serial killer teia sido preso. Instantes depois, agentes que trabalham na captura confirmaram que ele estaria morto. O corpo foi levado para o Hospital Bom Jesus, em Águas Lindas.
“Como eu disse, era questão de tempo até que a nossa polícia, a mais preparada do País, capturasse o assassino Lázaro Barbosa. Parabéns para as nossas forças de segurança. Vocês são motivo de muito orgulho para a nossa gente! Goiás não é Disneylândia de bandido”, afirmou o governador em uma rede social após Lázaro ser preso.
Após o confronto no matagal,
Lázaro ainda chegou a ser socorrido e levado a uma viatura do Corpo de
Bombeioros, mas não resistiu. Uma foto obtida pelo Metrópoles (foto em
destaque) mostra o momento em que o maníaco chega à unidade policial em uma
maca.
O maníaco estava foragido havia
20 dias. Nesse período, invadiu várias propriedades rurais fez reféns, roubou
alimentos e impôs terror com violência e ameaças.
Durante a madrugada desta
segunda, câmeras de segurança flagraram Lázaro andando por uma rua perto da
casa da ex-sogra, em Águas Lindas. Nas primeiras horas da manhã, agentes
cercaram o local. Após a mobilização de cães farejadores e helicópteros, o
psicopata foi localizado, mas não se rendeu e abriu fogo contra a guarnição,
que revidou.
Pessoas ligadas a Lázaro chegaram
a fazer contato com um advogado criminalista para negociar sua rendição. O
foragido planejava se entregar à polícia de uma forma que garantisse a sua
integridade física.
Telefones de familiares, amigos e
um aparelho que Lázaro carregava pela mata durante a fuga cinematográfica foram
grampeados e monitorados pelas equipes de investigação. As informações
facilitaram a prisão do maníaco.
Na terça-feira (22/6), em
entrevista exclusiva ao Metrópoles, um criminalista chegou a dar indicativos de
que o serial killer pretendia colocar um ponto final na fuga. O defensor
assegurou ter sido abordado por um grupo religioso que estaria auxiliando
Lázaro. “Me especularam se eu tinha condições de garantir a integridade física
dele”, afirmou ele, que pediu para não ser identificado.
Chacina
O cerco ao autor da chacina que
aterrorizou moradores da região do Incra 9, em Ceilândia, e de Cocalzinho (GO)
durou 20 dias e terminou depois que Lázaro trocou tiros duas vezes com a
polícia e também com um caseiro de uma chácara em Areia Branca.
Lázaro teria pedido comida, e o
caseiro não quis dar. Ele, então, efetuou disparos contra a janela da chácara,
e o funcionário revidou. O caseiro não ficou ferido.
Lázaro é suspeito de matar
Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo
Marques Vidal, 15. Ele ainda sequestrou Cleonice Marques de Andrade, 43 anos,
esposa de Cláudio e mãe das outras vítimas. O crime ocorreu na madrugada de 9
de junho, no Incra 9, em Ceilândia.
O corpo de Cleonice foi
encontrado três dias depois, em um matagal. O cadáver estava sem roupa e com um
corte nas nádegas, em uma zona de mata perto da BR-070.
Desde que matou a família Vidal,
Lázaro escapou do cerco policial e invadiu propriedades, fazendo novas vítimas.
Ainda no Incra 9, em Ceilândia, ele entrou em outras duas propriedades. Obrigou
os chacareiros a cozinhar para ele e, até, fumar maconha. Sempre agressivo,
chegou a roubar e incendiar um carro, próximo a Cocalzinho.
No dia 12/6, ele invadiu a
fazenda da família de um soldado do 8⁰ BPM, próximo à Lagoa Samuel. Ele fez o
caseiro refém, quebrou tudo, bebeu e fumou maconha. Também obrigou o
funcionário a consumir a droga.
Segundo a corporação, o soldado
chegou à propriedade, no início da noite, foi até a cancela e, provavelmente,
ao abri-la, o homem fugiu, levando o caseiro como refém.
O criminoso seguiu para a fazenda
ao lado, a cerca de 700m, e baleou três homens. Havia no local uma mulher e uma
criança. Testemunhas informaram que o suspeito da chacina colocaria fogo na
casa e não o fez por causa das vítimas.
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