A quantia milionária teria sido
movimentada nos últimos oito anos. Duas pessoas foram presas em flagrante e R$
2 milhões foram bloqueados |
Quadrilha comandada por pessoas
de mesma família suspeita de usar laranjas para fraudar licitações milionárias
foi alvo de operação realizada em Fortaleza, Caucaia, Itatira e Pacatuba. O
esquema é investigado na Operação Hasta, deflagrada pela Polícia Civil do Ceará
(PC-CE). De acordo com as investigações, o grupo movimentou R$ 132 milhões nos
últimos oito anos. Duas pessoas foram presas em flagrante e R$ 2 milhões foram
bloqueados.
Os municípios nos quais as
licitações eram fraudadas não foram divulgados pela Polícia, embora os
investigados tenham residência nos quatro municípios referidos. Foram cumpridos
15 mandados de busca e apreensão em residências. Foram alvo de sequestro
judicial 38 veículos e um imóvel. Houve bloqueio do dinheiro em centenas de
contas bancárias pertencentes aos alvos da investigação.
A operação, deflagrada na
terça-feira, 6, apreendeu dinheiro em cédula, 1.500 dólares falsificados, oito
armas de fogo — duas espingardas calibre 12, uma espingarda calibre 22, uma espingarda
calibre 28, um revólver calibre 32, um revólver 38, pistola calibre 22 e rifle
calibre 40. Foram ainda apreendidos munições, telefones celulares, computadores
e documentação.
Uma das pessoas foi presa ao
atirar contra os policiais ao ser abordada em Itatira. Ela foi enquadrada por
tentativa de homicídio e porte ilegal de armas. A outra pessoa foi presa por
falsificação de moeda, em flagrante lavrado na Polícia Federal.
O flagrante foi registrado na
Delegacia Regional de Canindé. A identidade dos presos é preservada para não
atrapalhar as investigações.
O nome da operação, Hasta, é
referência a expressão de origem árabe, que significa "sob a lança",
segundo a qual debaixo da lança nada deve ser oculto. Não deve, assim, haver
suspeitas nos contratos.
Com informações sspds e O POVO -Foto: Angélica Feitosa
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