25% das jovens brasileiras já deixaram de ir à aula por não
ter absorventes (Imagem Ilustrativa | Foto: Arquivo/Unicef) |
A prefeitura do município de Jati
aprovou uma lei em maio deste ano que prevê a distribuição de absorventes a
mulheres em situação de pobreza e extrema pobreza. A cidade, que possui cerca
de oito mil habitantes, pretende beneficiar 250 mulheres em combate à pobreza
menstrual.
O público-alvo deve receber um
pacote de absorvente por mês em postos de saúde e nas cinco escolas do
município.
A lei se assemelha à vetada pelo
presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que também previa a distribuição de
absorventes para pessoas que menstruam em situação de vulnerabilidade.
Em entrevista à rádio CBN Cariri,
a prefeita de Jati, Mônica Mariano (PSD), comentou que, durante uma reunião, as
autoridades perceberam uma realidade local muito feminina. “Aqui em Jati, dos
sete diretores [de escolas] que temos, apenas um é homem”, afirma.
Ela continuou falando que o
investimento mensal é de R$ 1.500, com possibilidade de aumento de acordo com a
demanda, pois as mulheres precisam fazer um cadastro, em escolas e postos de
saúde, para receber o pacote.
Durante a votação do projeto, a
prefeita fez questão de comparecer à Câmara Municipal para explicar a importância
da ação. Com maioria masculina, a Casa sugeriu que um crédito para comprar os
absorventes fosse disponibilizado às mulheres, mas a prefeita argumentou que
entregar o produto físico seria a melhor opção, pois o crédito poderia ser
utilizado para outras coisas e a pobreza menstrual continuaria.
“As mulheres precisam ir buscar.
Temos que parar de tratar esse assunto como um tabu. Precisamos diminuir a
evasão escolar de meninas que param de ir para a escola porque não têm
absorventes, e esse é um assunto de saúde pública”, finalizou.
Outubro é o quatro mês de
distribuição de absorventes no Município.
Com informações o POVO
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