Apesar dos dois se mostrarem mais
competitivos dentro da terceira via, a distância deles para Lula e Bolsonaro
ainda é considerável: quase 20 pontos percentuais –Foto: reprodução AB |
Com a aproximação das eleições
presidenciais de 2022, o cenário começa a ficar mais claro para os nomes de uma
terceira via. Ciro Gomes já confirmou sua intenção em disputar o Palácio do
Planalto pelo PDT, e Sergio Moro se
filiou ao Podemos, na última quarta-feira, 10. Segundo a mais recente
pesquisa EXAME/IDEIA, os dois são os nomes mais fortes como alternativas para o
presidente Jair Bolsonaro (que anunciou que irá se filiar ao PL) e o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A pesquisa EXAME/IDEIA é um
projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião
pública. A sondagem ouviu 1.200 pessoas entre os dias 9 a 11 de novembro. As
entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos
residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos
percentuais para mais ou para menos. Clique
aqui para ler o relatório completo.
Na simulação de primeiro turno
estimulada (quando os nomes são apresentados previamente), Ciro aparece com 7%
das intenções de voto, e Moro, com 5%. Os dois são seguidos de João Doria
(PSDB) e de Eduardo Leite (PSDB), ambos com 2%. No próximo dia 21 de novembro,
o PSDB vai definir quem será o candidato.
Tanto Ciro quanto Moro têm uma
parcela maior de intenções de votos em seus redutos eleitorais, com 8% cada, no
Nordeste e no Sul, respectivamente. Na faixa de eleitores com idade de 30 a 39
anos, eles também aparecem com o mesmo número de intenções de voto: 6%.
Em um segundo turno, ambos
rivalizam mais com o presidente Bolsonaro. Moro aparece tecnicamente empatado,
dentro da margem de erro, com 30%, e o presidente com 32%. Pela primeira vez
desde o início da sondagem para 2022, Ciro venceria Bolsonaro, com 36% a 32%.
Maurício Moura, fundador do
IDEIA, destaca que tanto Moro quanto Ciro estão com mais chances de concentrar
candidaturas viáveis à terceira via. A questão é que ambos têm grande rejeição
por parte dos eleitores. Quando questionados em quem não votariam de jeito
nenhum, 17% citam o pedetista, e 19% o ex-juiz.
Apesar dos dois se mostrarem mais
competitivos dentro da terceira via, a distância deles para Lula e Bolsonaro
ainda é considerável: quase 20%. Em uma eventual disputa entre o atual
presidente e o petista, Lula venceria, com uma vantagem de 17%. Em julho, esta
diferença era de 12 pontos porcentuais.
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