Segundo Bolsonaro, a conclusão das conversas somente irá adiante se o PL desistir de apoiar partidos de adversários políticos dele - (Foto: reprodução) |
O presidente Jair Bolsonaro disse
nesta segunda-feira (15/11) que existe a possibilidade de ingressar em outro
partido do Centrão, mas que ainda terá uma conversa cara a cara com Valdemar da
Costa Neto. Bolsonaro relatou manter ainda conversas paralelas e que segue vivo
o interesse do Progressistas e do Republicanos em filiá-lo. O presidente
indicou estar disposto a esperar “pouquíssimas semanas” para concluir as
negociações com o PL.
“Eu tenho um limite. Espero, em
pouquíssimas semanas, duas ou três no máximo, casar ou desfazer o noivado. Mas
acho que tem tudo para a gente se casar e ser feliz”, disse o presidente,
durante entrevista na Expo Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Segundo Bolsonaro, a conclusão
das conversas somente irá adiante se o PL desistir de apoiar partidos de
adversários políticos dele, principalmente na esquerda, e de participar de
palanques estaduais que possam beneficiar rivais como o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) e João Doria (PSDB).
Nosso partido não pode estar
flertando com a esquerda num ou outro Estado, se resolvermos isso aí eu assino
essa filiação que me satisfaz e satisfaz em grande parte o nosso eleitorado,
que quer a continuidade da minha política”, afirmou o presidente.
“Tem alguns Estados que para mim,
a possível reeleição, se eu vier candidato, são vitais, como São Paulo. Ele
(Valdemar) tem um compromisso com um candidato que vai apoiar o atual
governador (Doria) se ele tiver o espaço lá no partido dele (para concorrer a
presidente),” enfatiza Bolsonaro.
Além do imblóglio paulista, no Nordeste,
o PL também tem alianças que esbarram nos planos de Bolsonaro. No Piauí, o
partido está aliado ao governador Wellington Dias (PT). Na Bahia, embora o PL
planeje se aliar a ACM Neto (DEM) para o governo estadual, há ainda uma ala do
partido que mantém proximidade com o governador Rui Costa (PT).
Segundo o deputado José Rocha
(PL-BA), que já foi líder do partido e vice-líder do governo, não existe
rompimento de Bolsonaro com o partido e ainda há chance de haver acordo para a
filiação. “O Valdemar disse que está tudo acertado, combinado, que vamos nos
sentar, conversar. Não ficou nada estremecido, não”, afirmou.
*Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário