O presidente da Câmara, Arthur
Lira (PP-AL), durante o 2º turno da votação da PEC dos Precatórios — Foto:
Antônio Augusto/Câmara dos Deputados |
A oposição converteu o voto de
mais parlamentares entre o 1º e o 2º turno da votação da PEC dos Precatórios na
Câmara dos Deputados, mas o governo e o presidente da Casa, Arthur Lira
(PP-AL), conseguiram neutralizar o movimento, ampliando o quórum da votação e
garantindo a aprovação da proposta.
Oitenta e dois deputados federais
mudaram de posição entre os dois turnos da votação da PEC, que é a principal
aposta do governo para bancar o Auxílio Brasil, mas é criticada por parcelar
dívidas que deveriam ser pagas em 2022 e por mudar as regras para aumentar o
teto de gastos.
A oposição conseguiu fazer com
que 15 deputados que votaram SIM no 1º turno mudassem para NÃO no 2º turno,
enquanto Lira e o governo do presidente Jair Bolsonaro conseguiram
"converter" apenas 4 votos.
Mas o presidente da Câmara e
governo compensou essas "traições" levando 29 deputados que não
haviam comparecido no 1º turno para votar SIM no 2º turno (a oposição conseguiu
mais 22 votos desta mesma forma).
Também houve mudanças de lado de
parlamentares que votaram no 1º turno e não compareceram no 2º turno (e um
deputado que primeiro votou NÃO e depois se absteve).
Mais votos a favor, mas oposição
maior
A PEC foi aprovada por 312 votos
favoráveis e 144 contrários no 1º turno e por 323 a favor e 172 contra no 2º
turno (por ser uma Proposta de Emenda à Constituição, eram necessários ao menos
308 votos a favor nos dois turnos). Agora, ela segue para análise no Senado.
O governo conseguiu 11 votos a
mais entre as duas votações, mas a oposição à proposta também aumentou (em 28
votos), o que diminuiu a diferença de votos a favor da PEC de 168 para 151
entre os dois turnos.
Isso ocorreu devido à ampliação do quórum da votação: 496 dos 513 deputados votaram no 2º turno da PEC, 40 a mais do que os 456 parlamentares que compareceram à votação em 1º turno.
SIM para NÃO 15 DEPUTADOS
(G1)
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