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Por Reginaldo
Silva- professor, radialista e jornalista
Capitão Wagner (PROS), já deu
inúmeras declarações pelo interior do Estado que apoia Bolsonaro no Ceará.
Mesmo apoiando o presidente, ele procura manter sua imagem não tão atrelada ao
mandatário da nação. Com a ida de Bolsonaro e seu grupo para o PL, seria um
prato cheio para o deputado federal e postulante ao Palácio da Abolição buscar
uma sigla ligada ao comando central, mas, não é isso que acontece. Wagner
insiste em ficar com o comando do União Brasil, fruto da fusão do DEM com o PSL.
De acordo com interlocutores
ligados ao União Brasil, o presidente nacional da sigla Luciano Bivar vai se
reunir com o pré-candidato Capitão Wagner na próxima semana. Também deve
participar a reunião o senador Chiquinho Feitosa (DEM-CE) que assume uma
cadeira no Senado por conta da licença do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE),
os dois estão entre Bolsonaro e os Ferreira Gomes. Wagner quer o partido para
sair candidato ao governo do Estado e apoiar o presidente Bolsonaro com uma
imagem não tão vinculada, para não correr um risco maior. Chiquinho Feitosa
quer o partido com o objetivo de ampliar a bancada federal, mas apoiando a
sucessão de Camilo Santana (PT) e do nome indicado pela família Ferreira Gomes.
O jogo do União Brasil ainda não
está definido, mas, o quadro vai se afunilando com os últimos acontecimentos da
política nacional que acabam influenciando o todo. A definição do nome de Doria
como pré-candidato do PSDB, a definição partidária de Bolsonaro e o lançamento
da pré-candidatura de Moro pelo Podemos, aceleraram o processo eleitoral de
2022.
Outro quadro ainda indefinido é a
situação do PL no Ceará, depois da filiação de Bolsonaro na legenda. O deputado
estadual, André Fernandes, gostem ou não do seu estilo, é o ultimo dos moicanos
do presidente no Ceará, ele nunca abandonou Bolsonaro, nem nos piores momentos
de crise do presidente. Fernandes foi enfático e imperativo em dizer que Acilon
Gonçalves, prefeito do Eusébio, não fica no comando do PL no Ceará.
Acilon após voltar da posse do
presidente em Brasília convocou uma coletiva de imprensa para afirmar que fica
no comando do PL no Estado, disse ser contra o radicalismo e os extremismos e
se esforçou para dizer que pode disputar o governo do Estado. Maleável e grande
articulador político, Acilon Gonçalves tem uma forte ligação com a família
Ferreira Gomes, mas não pretende entregar o comando do PL para o bolsonarismo
raiz. Diante das duas declarações fica claro que Acilon está amparado pelo
estatuto do partido e pelo presidente Valdemar da Costa Neto, porém, ainda não
é possível se fazer um juízo de valor, porque Bolsonaro ainda não se pronunciou
sobre o assunto.
O comando do União Brasil e do PL
são importantes para as candidaturas majoritárias no Estado, pelo tempo de de
rádio e TV e também pelo fundo partidário. Os dois partidos são estratégicos
tanto para situação quanto para oposição.
Enquanto isto, Camilo Santana
segue pelo interior do Ceará inaugurando
obras e exercitando sua santa paciência, mantendo um silêncio sobre a sucessão
estadual que chega a perturbar até as mentes mais calmas do mundo político.
(Ceará Noticias)
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