O advogado pedia a suspensão da
“vacinação obrigatória em todo o país, principalmente de crianças e de
adolescentes, bem como da exigência do passaporte sanitário (Foto: reprodução/TVGlobo) |
O Juizado Especial Criminal de
Taguatinga, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
(TJDFT), negou um pedido inusitado de prisão do jornalista William Bonner,
neste domingo, 16.
Koressawa alegou, no pedido
apresentado ao TJDFT, que o jornalista comete os crimes de indução de pessoas
ao suicídio, de causar epidemia e de envenenar água potável, substância
alimentícia ou medicinal destinada a consumo. Tudo isso porque Bonner faz
declarações públicas sobre os impactos positivos da imunização no combate à pandemia.
Na decisão, a juíza Gláucia
Falsarella Pereira Foley chamou o pedido do advogado de descabido. E com razão:
para começar, apenas por meio de uma ação penal pública, proposta pelo
Ministério Público, poderia se pedir a prisão de alguém pelos crimes citados.
A magistrada disse que, “como
fundamento, [o autor] reproduz teorias conspiratórias, sem qualquer lastro
científico e jurídico, esvaziando seu texto em mera panfletagem política”.
Além da prisão de Bonner, o
advogado pedia a suspensão da “vacinação obrigatória em todo o país,
principalmente de crianças e de adolescentes, bem como da exigência do
passaporte sanitário, até que sejam realizados exames periciais dos componentes
de todas as vacinas”. A magistrada que analisou o pedido determinou o
arquivamento do processo.
Ações anteriores
Segundo o Cadastro Nacional dos
Advogados (CNA), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Koressawa está com a
inscrição ativa no órgão. Ele é da Subseção de Taguatinga, mesma região do DF
onde registrou a ação judicial contra o jornalista da TV Globo. Taguatinga fica
a aproximadamente 20 quilômetros do centro de Brasília.
Koressawa é promotor de Justiça
aposentado do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Ele se aposentou
em 2013, por invalidez permanente.
O homem já tentou se candidatar a
deputado distrital pelo PSol, mas teve o pedido da candidatura indeferido, em
2006. Em maio de 2020, o advogado pediu a prisão de 40 autoridades consideradas
antagonistas ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Manifestantes com faixa do
grupo “Os 300 do Brasil” participaram de ato que se seguiu ao protocolo em
frente ao prédio do STM, em Brasília (DF).
Em novembro, Koressawa entrou com
um mandado de segurança para garantir direito de manifestação popular na
Esplanada dos Ministérios “contra anunciadas fraudes nas eleições de 2022 e
para que o Congresso dê andamento ao projeto de voto impresso”. O pedido foi
indeferido pela desembargadora do TJDFT Sandra de Santis.
Com informações do site Metrópoles
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