Ceará Acontece: Peixes-leão são coletados em seis praias do Ceará e duas do Piauí: veja quais são e as orientações em caso de encontro com o animal

quinta-feira, 28 de abril de 2022

Peixes-leão são coletados em seis praias do Ceará e duas do Piauí: veja quais são e as orientações em caso de encontro com o animal

 

Um pescador se feriu com um peixe-leão na praia de Bitupitá, em Barroquinha

Os peixes-leão já foram coletados em seis praias do Ceará e duas do Piauí, conforme divulgado pela Secretaria da Saúde (Sesa), nesta quinta-feira (28). Até o momento, 28 animais da espécie já foram retirados do mar. Além disso, 40 notificações já foram contabilizadas no litoral brasileiro. No último dia 18, um pescador sofreu um acidente com um peixe-leão e precisou ser hospitalizado.

Confira as praias no Ceará e no Piauí onde o peixe-leão já foi coletado:

  • Bitupitá, no município de Barroquinha
  • Camocim
  • Jijoca de Jericoacoara
  • Preá, no município de Cruz
  • Acaraú
  • Itarema
  • Além das praias de Luís Correia e de Cajueiro da Praia, no Piauí. 

Conforme a Sesa, cerca de 80% dos registros são em currais de pesca e marambaias (estruturas artificiais lançadas ao mar para servir como nicho e atrair peixes). Os especialistas explicam que o animal não costuma se estabelecer em terrenos arenosos, como a areia da praia, preferindo superfícies duras e rochosas. 

Por ser um cenário novo e uma espécie ainda rara na costa brasileira, os órgãos envolvidos na investigação do acidente no litoral cearense e os especialistas que estão acompanhando os registros do animal no Brasil recomendam, inicialmente, que pescadores e trabalhadores de áreas notificadas usem equipamentos de proteção individual (EPIs), sobretudo calçados.

A Sesa informa que, para banhistas nessas áreas, não há motivos para pânico. O peixe-leão não atacou o pescador, segundo o órgão. O animal foi pisado acidentalmente. Quem encontrar a espécie, deve evitar tocá-la. O ideal é que a pessoa se afaste e faça anotação da hora e do local do aparecimento do bicho, informando à Sema pelo e-mail cientistachefesema@gmail.com

Em caso de ferimento com os espinhos do peixe-leão, a orientação é manter a área do corpo afetada em água quente por 30 a 90 minutos e, se houver febre, dor muito intensa e vestígio de infecção, buscar uma unidade de saúde para medicação adequada.


Acidente com pescador

A Sesa contesta a informação repassada pela mulher do pescador que pisou num peixe-leão na praia de Bitupitá, no município de Barroquinha, e diz que ele não sofreu paradas cardíacas. 

Segundo a secretaria, por ter tido sete perfurações no pé causadas pelos espinhos do animal peçonhento, considerado invasor no litoral brasileiro, o jovem de 24 anos apresentou dores intensas no local, febre e convulsões.

Após uma semana e três passagens por unidades de saúde de Barroquinha e Camocim, município vizinho, o paciente está em casa, desde o último domingo (24), com quadro clínico estável, consciente e sem febre. A pasta estadual segue monitorando o caso. No entanto, o pai do jovem disse que ele precisou de novo atendimento médico nesta terça-feira (26). 

Na manhã desta quinta, foi realizada reunião para discutir o cenário com representantes da Sesa e de suas células de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora; da Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema); do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará (UFC) e dos órgãos de vigilância e das unidades de saúde dos municípios de Barroquinha e Camocim e da Superintendência de Saúde da Região Norte.

Com informações do g1/ce

 

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