Um pescador se feriu com um peixe-leão na praia de Bitupitá, em Barroquinha |
Os peixes-leão já foram coletados
em seis praias do Ceará e duas do Piauí, conforme divulgado pela Secretaria da
Saúde (Sesa), nesta quinta-feira (28). Até o momento, 28 animais da espécie já
foram retirados do mar. Além disso, 40 notificações já foram contabilizadas no
litoral brasileiro. No último dia 18, um pescador sofreu um acidente com um
peixe-leão e precisou ser hospitalizado.
Confira as praias no Ceará e
no Piauí onde o peixe-leão já foi coletado:
- Bitupitá, no município de Barroquinha
- Camocim
- Jijoca de Jericoacoara
- Preá, no município de Cruz
- Acaraú
- Itarema
- Além das praias de Luís Correia e de Cajueiro da Praia, no Piauí.
Conforme a Sesa, cerca de 80% dos registros são em currais de pesca e marambaias (estruturas artificiais lançadas ao mar para servir como nicho e atrair peixes). Os especialistas explicam que o animal não costuma se estabelecer em terrenos arenosos, como a areia da praia, preferindo superfícies duras e rochosas.
Por ser um cenário novo e uma
espécie ainda rara na costa brasileira, os órgãos envolvidos na investigação do
acidente no litoral cearense e os especialistas que estão acompanhando os registros
do animal no Brasil recomendam, inicialmente, que pescadores e trabalhadores de
áreas notificadas usem equipamentos de proteção individual (EPIs), sobretudo
calçados.
A Sesa informa que, para banhistas nessas áreas, não há motivos para pânico. O peixe-leão não atacou o pescador, segundo o órgão. O animal foi pisado acidentalmente. Quem encontrar a espécie, deve evitar tocá-la. O ideal é que a pessoa se afaste e faça anotação da hora e do local do aparecimento do bicho, informando à Sema pelo e-mail cientistachefesema@gmail.com.
Em caso de ferimento com os espinhos do peixe-leão, a orientação é manter a área do corpo afetada em água quente por 30 a 90 minutos e, se houver febre, dor muito intensa e vestígio de infecção, buscar uma unidade de saúde para medicação adequada.
Acidente com pescador
A Sesa contesta a informação repassada pela mulher do pescador que pisou num peixe-leão na praia de Bitupitá, no município de Barroquinha, e diz que ele não sofreu paradas cardíacas.
Segundo a secretaria, por ter
tido sete perfurações no pé causadas pelos espinhos do animal peçonhento,
considerado invasor no litoral brasileiro, o jovem de 24 anos apresentou dores
intensas no local, febre e convulsões.
Após uma semana e três passagens por unidades de saúde de Barroquinha e Camocim, município vizinho, o paciente está em casa, desde o último domingo (24), com quadro clínico estável, consciente e sem febre. A pasta estadual segue monitorando o caso. No entanto, o pai do jovem disse que ele precisou de novo atendimento médico nesta terça-feira (26).
Na manhã desta quinta, foi
realizada reunião para discutir o cenário com representantes da Sesa e de suas
células de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e da Saúde do Trabalhador e da
Trabalhadora; da Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema); do Instituto de
Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará (UFC) e dos órgãos
de vigilância e das unidades de saúde dos municípios de Barroquinha e Camocim e
da Superintendência de Saúde da Região Norte.
Com informações do g1/ce
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