Nas refinarias da empresa, o gás de cozinha, ou botijão de 13 quilos, passa a custar em média R$ 54,94, ante o preço anterior de R$ 58,21 |
Quase um mês depois de aumentar o
gás de cozinha em 16%, a Petrobras anunciou nesta sexta-feira (08/04), que vai
reduzir o preço do combustível em 5,5% a partir de amanhã nas suas refinarias.
A queda ocorre dois dias depois que a estatal anunciou o substituto do atual
presidente, general Joaquim Silva e Luna, criticado pelo presidente Jair
Bolsonaro pelos aumentos dos combustíveis. Esta é a primeira queda do gás
liquefeito de petróleo (GLP), utilizado no botijão de gás, no ano e o segundo
reajuste de 2022, seguindo a volatilidade do preço do petróleo no mercado
internacional.
No dia 11 de março, a Petrobras
elevou o GLP em 16%, com o agravamento da guerra entre a Rússia e a Ucrânia,
após 152 dias congelado. Nas refinarias da empresa, o gás de cozinha, ou
botijão de 13 quilos, passa a custar em média R$ 54,94, ante o preço anterior
de R$ 58,21. O preço do quilo do produto passa de R$ 4,48 para R$ 4,23 nas
refinarias.
Segundo a Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), incluindo impostos e serviços, o
botijão de 13 quilos era vendido na semana de 27 de março a 2 de abril ao preço
médio de R$ 113,63 no território nacional, com o preço mais alto atingindo R$
160. Em um ano, o GLP subiu 38,47%.
“Acompanhando a evolução dos
preços internacionais e da taxa de câmbio, que se estabilizaram em patamar
inferior para o GLP, e coerente com a sua Política de Preços, a Petrobras
reduzirá seus preços de venda às distribuidoras”, disse a empresa.
A gasolina e o diesel permanecem
com os preços inalterados. O preço do petróleo tem mostrado grande volatilidade
por causa da continuidade do conflito no Leste europeu, mas tem cedido nos
últimos dias no mercado internacional
com a liberação de reservas da Agência Internacional de Energia (AIE). Apesar
disso, com a oferta ainda apertada em relação à demanda, tem se mantido em
torno dos US$ 100 o barril do tipo Brent, patamar elevado se comparado há um
ano, quando era comercializado perto dos US$ 60.
“O mercado já esperava, pois o
preço internacional experimentou quedas nas últimas semanas e ainda tivemos a
valorização do real”, avaliou o presidente do Sindicato dos Distribuidores de
Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sergio Bandeira de Mello.
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