Em 2022, o cadastro eleitoral
seguirá aberto até o próximo dia 4 de maio (Foto: reprodução TSE) |
No Brasil, o voto é facultativo
para os adolescentes de 16 e 17 anos, mas o interesse do jovem brasileiro pela
política tem crescido nos últimos meses. Ao menos é o que mostram os números de
alistamentos eleitorais realizados nos três primeiros meses do ano em todo o
país.
Somente entre janeiro e março, o
Brasil ganhou 421 mil novos eleitores entre 16 e 17 anos devidamente
habilitados para votar. Em dezembro de 2021, 630 mil adolescentes nessa faixa
tinham o título. Em março, o número aumentou para 1,051 milhão – crescimento de
58,7%, que ainda pode aumentar.
Em 2022, o cadastro eleitoral
seguirá aberto até o próximo dia 4 de maio, data-limite para a solicitação do
título, para transferência do domicílio eleitoral e regularização de eventuais
pendências com a Justiça Eleitoral.
O plot twist no comportamento do
jovem eleitor ocorreu após campanhas de conscientização e incentivo ao
eleitorado como um todo, em especial aos jovens, por meio da mídia e nas
escolas. Além disso, publicações espontâneas de influenciadores e artistas,
como a cantora Anitta, têm impulsionado a mudança de comportamento.
A campanha dos artistas começou
após o TSE identificar o menor nível de participação de adolescentes no
processo eleitoral das últimas três décadas, nas eleições municipais de 2020.
Com um cenário político
polarizado e discursos políticos acirrados, o jovem poderá ser o diferencial
nas urnas em outubro de 2022.
“Esse cenário tende a incentivar
os jovens a terem um maior engajamento, e, por consequência, participarem mais
ativamente do processo eleitoral. Para tanto, é necessário ter o título de
eleitor. A população tem se conscientizado cada vez mais sobre isso”, avalia o
analista do TSE Diogo Cruvinel.
Quando se trata da faixa etária
que pode se alistar para ter o título de eleitor, a que compreende 15 e 18
anos, no Brasil, ganhou 1.144.481 novos eleitores somente nos três primeiros
meses de 2022.
A procura de milhões engloba,
nesse caso, pessoas com 15 anos, que só podem votar se completarem 16 anos na
data do pleito, e jovens com 18 anos, que já estão na idade do voto
obrigatório.
Assim, de 15 a 18 anos, a procura
pelo documento foi, até março, a maior registrada quando comparada às últimas
Eleições Gerais, de 2018 e 2014, quando foram emitidos 877.082 e 854.838 novos
títulos, respectivamente.
(Metrópoles)
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