O candidato a vice-governador da
chapa pedetista, Domingos Filho (PSD), participou da sabatina aos postulantes a
cargo, no Grupo Otimista / Foto: Reprodução |
O candidato a vice-governador do
Estado, Domingos Filho (PSD), abriu a série de entrevistas com os principais
postulantes ao cargo, no Grupo Otimista de Comunicação. Durante a sabatina, o
peessedista que compõe a chapa de Roberto Cláudio (PDT) fez duras críticas ao
PT e disse que há algum tempo estava clara uma tentativa de Camilo Santana de
“verticalizar o poder, impondo sua vontade”.
Domingos Filho é o presidente do
PSD local e disse estar havendo por parte do PT um “canibalismo predatório”, em
busca de apoios de prefeitos. Apesar de afirmar que não sabe se é do
conhecimento da governadora, Izolda Cela, o candidato disse que os atos, aos
quais chamou de “política menor” com “perseguições”, “transferências de
pessoas” e “oferecimento de vantagens a prefeito para votar”, se espalharam
pelo Estado.
”Estamos sentindo que o governo
que nós ajudamos a fazer, infelizmente, vem com uma linha, um conjunto de
práticas que remontam aos momentos mais sombrios dos tempos dos coronéis”,
afirmou o dirigente do PSD, se referindo a uma suposta pressão que estaria
sendo feita nos prefeitos, em troca de alianças.
O candidato a vice ao Governo
disse que o racha entre PT e PDT vinha se desenhando e não foi uma surpresa,
como o eleitor acredita. Segundo Domingos Filho, algumas ranhuras começaram a
aparecer quando Camilo Santana “tentou tomar o protagonismo” e “interferiu nas
decisões dos outros partidos”, dificultando os acordos que mantinham a aliança
há 16 anos.
“O PT queria o senado, indicar
dentro do PDT a Izolda [Cela], indicar o vice, o presidente da Assembleia e o
futuro prefeito de Fortaleza. Quando o partido passou a querer ser hegemônico,
sem respeitar os demais, nossa candidatura começou a crescer”, afirmou.
Domingos lembrou que as primeiras
eleições de Camilo foram apoiadas pelo PDT e não tiveram participação petista
como vem ocorrendo nesta. “Na eleição do Elmano, da Luizianne [Lins], aqui em
Fortaleza, vocês viram propaganda com o Camilo?”, indagou o candidato. O
postulante a vice do governo diz que isso se deve a uma estrutura de aliança, que
não se estendia do Interior para a Capital.
“Não era repercutida em
Fortaleza. Salvo na eleição da Luizianne, que estivemos juntos, daí por diante,
todas as demais eleições foram de conflito em Fortaleza. E esse grupo que nós
estamos, que está do lado do Roberto [Cláudio], venceu todos”, afirmou.
Domingos nega que as afirmações
que tem feito sobre a gestão sejam violência de gênero contra a governadora e
considera que há uma disparidade entre o que vem sendo dito e feito nas
fileiras petistas. “O PT diz uma coisa e faz outra. No Estado do Piauí, a vice
é do PT e não foi candidata a governadora. Foi misoginia lá?”, pontua.
Propostas
Domingos Filho falou das
modernização do Estado, da proposta de promover uma educação digital e das
necessidades de mudança em algumas áreas. “A saúde está boa? A segurança
pública, a situação de pobreza, de carestia vai bem? Não podemos falar de
governo como algo que está finalizado, porque ninguém consegue fazer tudo”,
considerou.
O candidato se referiu a Cid
Gomes (PDT) como o melhor governador que o Ceará teve e deixou em suspenso a
relação que o senador licenciado tem, atualmente, com o grupo político que
liderou por quatro mandatos. Para Domingos, o “mergulho” de Cid em plena campanha,
pode ser uma amostra de insatisfação com o processo de escolha dos candidados.
Domingos Filho afirmou, ainda,
que acredita que a eleição não está decidida e que o eleitor tem, cada vez
mais, deixado a definição do voto para cima da hora da eleição. Conforme as
pesquisas eleitorais recentes, de 10 a 12% dos eleitores cearenses ainda se
dizem indecisos. “A pesquisa mexe muito mais com a cabeça dos políticos”,
declarou.
(Fonte: O Otimsta)
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