Lula continua na frente com 48% das intenções de voto contra 42% do presidente Jair Bolsonaro |
O ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) continua à frente na disputa presidencial de segundo turno, com
48% das intenções de voto contra 42% do presidente Jair Bolsonaro (PL), aponta
pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (26).
No último levantamento, realizado
há uma semana, o petista tinha 47%, e o atual mandatário, os mesmos 42%. A
diferença entre eles, portanto, oscilou de cinco para seis pontos percentuais.
A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos, considerando o
índice de confiabilidade de 95%.
Os que pretendem votar em branco,
nulo ou não votar passaram de 6% para 5%, e os indecisos também continuam em
5%, indica o levantamento, que é financiado pela corretora de investimentos
digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial.
Considerando apenas os votos
válidos –que excluem os brancos e nulos e são usados pelo TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) para totalizar o resultado das eleições–, o petista tem
53%, e o presidente, 47%, mesmo placar da última rodada.
No primeiro turno, no dia 2, Lula
obteve 48,4% dos votos válidos, ante 43,2% de Bolsonaro. A terceira colocada,
Simone Tebet (MDB), ficou com 4,2% e Ciro Gomes (PDT), com 3%.
Abstiveram-se 33 milhões de
eleitores, o equivalente a 21% do eleitorado do país. Os votos em branco ou
nulos para presidente no primeiro turno somaram 5,5 milhões, o correspondente a
4,4% dos que compareceram às seções eleitorais.
Após a primeira votação, a Quaest
incluiu em seus levantamentos um novo cálculo, considerando os eleitores com
maior probabilidade de ir votar no próximo domingo (30). Por essa conta, Lula
registra um pouco menos dos votos válidos (52,1%), e Bolsonaro, um pouco mais
(47,9%).
O modelo de likely voter (eleitor
provável) foi construído a partir de dados do comparecimento real no primeiro
turno desta eleição e de pesquisas anteriores da Quaest, que demonstram uma
diferença significativa entre a abstenção declarada e a abstenção real.
A porcentagem de eleitores
decididos é numericamente maior entre os que dizem escolher o atual mandatário
(94%), em comparação ao petista (92%). Estão em disputa, portanto, 7% dos
lulistas e 6% dos bolsonaristas, sem contar os que não responderam.
A empresa de pesquisa e
consultoria ouviu 2.000 pessoas com mais de 16 anos em seus domicílios, de
domingo (23) até a noite desta terça (25). O número do registro na Justiça
Eleitoral é BR-00470/2022.
Uma das novidades é que a
rejeição a Bolsonaro oscilou para cima (de 46% para 49%), após um mês de queda
constante. Já os que dizem não votar em Lula de jeito nenhum permaneceram em
43%, indicador estável desde o início da campanha do segundo turno.
Pela primeira vez, a sondagem
incluiu perguntas sobre o principal motivo de rejeição aos dois candidatos.
Entre eleitores do petista, 22% citam a agressividade e 16%, a má gestão do
atual mandatário. Entre os bolsonaristas, 64% apontam corrupção e a prisão de
Lula.
Outro questionamento feito aos
entrevistados aponta que 48% dos que têm a intenção de votar em Bolsonaro o
fariam para impedir a volta do PT ao governo, índice que não mudou. Enquanto
isso, 46% votariam no petista para tirar o atual presidente do poder (eram
41%).
Entre os eleitores que votaram em
Simone Tebet (MDB) no primeiro turno, a maioria (28%) pretende votar em branco,
nulo ou abster-se e 26% estão indecisos; outros 25% agora declaram voto em
Bolsonaro e 21%, em Lula.
Já entre os apoiadores de Ciro
Gomes (PDT), 38% optam pelo petista e 35%, pelo presidente; 18% ainda não sabem
e 8% declaram voto em branco, nulo ou abstenção.
As pesquisas eleitorais são um
retrato da intenção dos eleitores no momento em que as entrevistas são feitas,
e não uma projeção do resultado eleitoral, que só será conhecido no dia do
pleito, com a apuração oficial.
Até o instante de apertar o botão
na urna, muitas variáveis podem fazer com que as pessoas mudem de posição. Para
fazer uma análise mais ampla do cenário eleitoral, o eleitor deve levar em
conta o conjunto de questões que os levantamentos abordam.
*(júlia barbon – Folhapress)
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