Ceará Acontece: Com primeira vitória sobre a Suíça em uma Copa do Mundo, Brasil garante vaga nas Oitavas de final

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Com primeira vitória sobre a Suíça em uma Copa do Mundo, Brasil garante vaga nas Oitavas de final

 

(Foto: Reprodução/ Twitter/ FIFA WORLD CUP_PT)

Para aproveitar o aumento do número de convocados, Tite encheu a seleção brasileira de atacantes. Foram chamados nove para a Copa do Mundo. Mas quando a situação apertou de verdade no Qatar, foi o volante defensivo Casemiro, 30, quem resolveu. Ele acertou chute cruzado, de dentro da área, como se fosse um camisa 9, aos 37 do 2º tempo. Foi o lance que classificou o Brasil de forma antecipada para as oitavas de final da Copa do Mundo e decretou o 1 a 0 sobre a Suíça, nesta segunda-feira (28), no estádio 974, em Doha.

 

Com seis pontos, a equipe só precisa do empate contra Camarões na próxima sexta-feira (2), para terminar na primeira posição do Grupo G. Foi apenas o sexto gol de Casemiro em 67 jogos com a camisa amarela. E o mais importante.

 

A equipe viveu quatro dias com a lembrança que, pelos números, não é mais tão dependente de Neymar quanto antes. Tite teria as peças ofensivas para suprir a ausência de um dos jogadores do mundo. Mas diante do bem armado sistema defensivo do adversário e sem seu camisa 10, o Brasil sofreu.

 

Neymar sequer veio com a delegação para o estádio. Ficou no hotel onde a delegação está hospedada. Ele se recupera de lesão no ligamento do tornozelo direito. A previsão inicial era que ele voltaria apenas nas oitavas de final. Com a qualificação assegurada antes da última rodada, fica mais sossegado esperar pelo seu retorno.

 

O resultado serve de vingança da Copa de 2018, na Rússia, quando a mesma Suíça parou o Brasil na estreia e ficou no empate em 1 a 1. Vitória contra Camarões representaria o primeiro Mundial, desde 2006, em que a equipe termina a fase de grupos com 100% de aproveitamento.

 

O Brasil teve ainda mais dificuldades nos primeiros 45 minutos do que as que enfrentou na primeira rodada, diante da Sérvia, quando também não marcou, mas venceu por 2 a 0 com gols no segundo tempo.

 

Diante de um rival fechado, com dez jogadores atrás a linha da bola, não achava espaço. A melhor chance aconteceu em lançamento pelo alto que Vinicius Junior completou para o gol, mas Sommer defendeu.

 

Se Raphinha havia sido ineficiente no primeiro tempo da estreia, Vinicius havia sido uma válvula de escape, levando vantagem sobre a marcação. Contra a Suíça, ambos foram igualmente bem marcados. Parte da etapa inicial foi gasta com os meias brasileiros rodando a bola de um lado para o outro, à espera da chance de um passe mais incisivo. Foi quando ficou clara o peso que tem a ausência de Neymar. Sem o atacante, lesionado, a seleção se torna mais previsível e o adversário pode se concentrar mais em anular as jogadas pelas pontas.

 

A estratégia da Suíça se resumiu a tentar achar uma saída em velocidade e encontrar Embolo na frente. O atacante nascido em Camarões, autor do gol da vitória no primeiro jogo e contra seu país natal, é capaz de prender a marcação, é forte e sabe fazer o pivô. Mas não teve oportunidade para colocar isso em prática.

 

Cansado do que viu em campo, Tite mandou Rodrygo aquecer um minuto antes do intervalo. A aposta mais esperada era a saída de Fred. Mas o escolhido foi Lucas Paquetá, justamente quem deveria fazer a função de Neymar em campo. Depois entrou Bruno Guimarães para dar ainda mais força ofensiva. Tudo parecia que se resolveria aos 18 com um belo gol de Vinicius Junior, mas o VAR anulou por causa de impedimento de Fred.

 

Com o passar do tempo, a Suíça chegou a até achar espaços para contra-atacar. Ameaçou com inversões de bola, especialmente para o lateral Widmer. O empate começou aparecer uma realidade que incomodaria bastante Tite. Ele sabe que veria o fantasma da necessidade de ter Neymar contra Camarões atormentá-lo.

 

Alguém teria de aparecer para salvar a seleção. Casemiro, um meia que se tornou primeiro volante no Real Madrid, não parece avesso a mudanças. Saiu da zona de conforto da capital espanhola para defender uma equipe em transição na Inglaterra, o Manchester United. Acho ser um clube que precisava mais dele.

 

Como o Brasil necessitou nesta sexta-feira. Ele apareceu com um arremate que deixaria Neymar orgulhoso para tirar a seleção do sufoco em Doha.

*(Folhapress)

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