A mãe mostrou um boletim de ocorrência que atestou que a carteira de identidade do estudante foi extraviada. |
O estudante Daniel Soares
Moreira, 19 anos, teve que vencer muitas barreiras até conseguir chegar ao dia
da prova do Enem, no último domingo. O adolescente, que é autista, escreve e lê
com dificuldade, de acordo com a mãe, a terapeuta Elenir Moreira, 44 anos.
"Por isso ele se preparou muito, fez diversos simulados, e conseguimos
garantir o direito dele de fazer a prova oral", conta ela. Mas, ao chegar
à escola onde faria o exame, a EEEFM João Biley, no município de Castelo (ES),
Daniel não só foi barrado, como ainda foi retirado por um policial militar do
local.
Meu filho não quer mais
estudar", diz mãe de autista impedido de fazer Enem
De acordo com a mãe, tudo aconteceu pela falta de experiência dos fiscais do Enem com documentos digitais. Isso porque o documento de identidade do estudante havia sido extraviado e, por isso, eles apresentaram a Carteira de Trabalho e Previdência Social pelo aplicativo do celular. Segundo as regras publicadas pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão vinculado ao MEC (Ministério da Educação), responsável pela organização do exame, o documento digital deveria ser aceito.
“Eles não aceitaram o boletim de
ocorrência e me pediram para sair com o Daniel. Nós nos recusamos, e eles
chamaram a polícia para nos tirar do local de prova” disse a mãe. |
“Eles não aceitaram o boletim de
ocorrência e me pediram para sair com o Daniel. Nós nos recusamos, e eles
chamaram a polícia para nos tirar do local de prova. O que notei é que a equipe
não estava preparada para lidar com situações que fugissem da rotina. Muitos
jovens foram embora por causa de documentos. É muito doloroso, porque fizemos
tudo corretamente, Daniel se preparou muito, dois monitores estavam aguardando
por ele para auxiliarem nas provas. Mas tiraram essa chance dele”, conta a mãe.
VEJA NO VÍDEO ABAIXO:
(Com Uol)
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