Destruição em Brasília — Foto: REUTERS/Adriano Machado |
Os extremistas também quebraram 40 impressoras, duas TVs,
duas viaturas, 11 telefones, vidros, cadeiras e outros itens, em perdas
preliminares estimadas em R$ 3,04 milhões, sem contas as obras de arte. Se
somadas aos danos causados ao Senado, o prejuízo parcial chega a R$ 7 milhões.
Os custos preliminares divulgados pela Câmara não consideram
mão de obra e material. Além disso, segundo a Casa, outros bens danificados não
constam dessa relação, como mesas de vidro do Salão Verde e da liderança do
MDB, cadeiras do Colégio de Líderes, cadeiras das lideranças de PSDB, PT e MDB
e a mesa de telefone do Colégio de Líderes.
Na relação de obras de arte destruídas está um vaso de
porcelana que foi dado de presente pelo deputado László Kövér, presidente da
Assembleia Nacional da República da Hungria, ao ex-presidente da Câmara Marco
Maia em 27 de outubro de 2011.
Também ficou destruído um vaso de porcelana dado por Wang
Zhaoguo, vice-presidente do Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional da
China, a Marco Maia em 21 de março de 2012.
Os manifestantes levaram uma pérola dada de presente pelo
ministro das Relações Exteriores e vice-primeiro-ministro do Qatar Mohammed bin
Abdulrahman Al-Thani ao ex-presidente Rodrigo Maia. O presente foi entregue em
8 de setembro de 2019, durante visita oficial ao Qatar.
Uma poltrona de Anna Maria Niemeyer e Oscar Niemeyer foi
danificada.
Uma bola autografada pelo atacante da seleção brasileira
Neymar está entre os itens roubados neste domingo. De acordo com técnicos da
Câmara, o item estava em uma exposição alusiva à Copa do Mundo de 2022, no
Qatar.
A bola foi presente da delegação de jogadores do Santos em
visita à Câmara em 2012 por ocasião da sessão solene em comemoração ao
centenário do clube. Neymar tinha 20 anos na época.
Na Câmara, trechos de carpete no Salão Verde foram furados,
queimados ou danificados pela água. Importantes obras de arte da cultura
brasileira foram avariadas. A obra “Bailarina”, de Victor Brecheret, foi
descolada da base. O “Muro Escultórico”, de Athos Bulcão, foi perfurado na
base.
No Senado, o prejuízo já é inicialmente estimado entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões -só a troca e a reposição dos vidros deve custar mais de R$ 1 milhão. A diretora-geral da Casa, Ilana Trombka, afirmou que será preciso trocar todo o carpete do Salão Azul, que foi encharcado pelos vândalos.
Uma pessoa inspeciona os danos, após os apoiadores do motim
antidemocrático do ex-presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, em
Brasília - Imagem: UESLEI MARCELINO/REUTERS |
A escultura “Painel Vermelho”, de Athos Bulcão, também
sofreu avarias. Segundo servidores responsáveis pela área de preservação do
Senado, 20 ml da tinta usada para restauração da obra custam em torno de R$
800.
O grupo depredou a antessala do presidente do Senado, mas
não conseguiu entrar no gabinete. Os vândalos só conseguiram entrar na área
privativa do gabinete do senador José Serra (PSDB-SP), que fica perto do
plenário.
*(DANIELLE
BRANT E RANIER BRAGON – FOLHAPRESS)
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